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Há 38 municípios onde os preços da habitação são superiores à média nacional

30 out, 2018 - 13:22

Os concelhos mais "careiros" ficam, maioritariamente, no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa.

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Trinta e oito municípios portugueses, localizados maioritariamente no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa, registaram preços da habitação superiores ao valor nacional durante o segundo trimestre de 2018.

De acordo com a análise do Instituto Nacional de Estatística (INE) aos preços da habitação ao nível local, “o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 969 euros por metro quadrado (€/m2), registando um aumento de 2% relativamente ao trimestre anterior e de 8,15% relativamente ao trimestre homólogo”.

Segundo os dados do INE, o preço mediano da habitação manteve-se, no segundo trimestre de 2018, acima do valor nacional no Algarve (1.465 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1.305 €/m2) e na Região Autónoma da Madeira (1.159 €/m2).

Dos 38 municípios que apresentaram preços da habitação superiores ao valor nacional, Lisboa foi o que registou o preço mediano mais elevado do país, com um valor médio de 2.753 €/m2.

“Com valores acima de 1.500 €/m2 destacaram-se ainda os municípios de Cascais (2.100 €/m2), Loulé (1.846 €/m2), Oeiras (1.819 €/m2), Lagos (1.744 €/m2), Albufeira (1.631 €/m2) e Tavira (1.594 €/m2)”, avançou o INE.

A menor amplitude de preços da habitação entre municípios verificou-se na Lezíria do Tejo, em que o valor médio se fixou nos 265 €/m2, apontam as estatísticas, apurando que o menor valor se registou na Chamusca (443 €/m2) e o maior em Benavente (708 €/m2).

Já a Área Metropolitana de Lisboa foi a que manteve a maior amplitude de preços da habitação entre municípios (2.133 €/m2), seguindo-se o Algarve, a região de Coimbra e a Região Autónoma da Madeira que também apresentaram um diferencial de preços superior a 1.000 €/m2.

“No segundo trimestre de 2018, em Portugal, o preço mediano de vendas de alojamentos novos foi de 1.084 €/m2 e para os alojamentos existentes o valor situou-se em 949 €/m2”, afirmou o INE, referindo que, “à semelhança de trimestres anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou a maior diferença entre o preço de alojamentos novos e o de alojamentos existentes (406 €/m2)”.

A Área Metropolitana de Lisboa (1.672 €/m2), Algarve (1.589 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1.240 €/m2), Área Metropolitana do Porto (1.171 €/m2) e Alentejo Litoral (1 105 €/m2) registaram um preço médio de venda de alojamentos novos acima do valor nacional.

Já os preços de alojamentos existentes superiores ao referencial verificaram-se também nestas sub-regiões, com exceção da Área Metropolitana do Porto e Alentejo Litoral, com o preço mais elevado no Algarve (1.433 €/m2), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (1.266 €/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.135 €/m2).

Entre as 25 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos) do país, “o menor preço mediano de alojamentos novos e existentes vendidos verificou-se no Alto Alentejo, 547 €/m2 e 428 €/m2, respetivamente”, informou o INE.

Das sete cidades do país com mais de 100 mil habitantes, todas registaram no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, uma subida dos preços da habitação, destacando-se o Porto que, pela primeira vez, registou o segundo maior preço da habitação entre estas cidades, com um valor médio de 1.460 €/m2, posicionando-se agora após Lisboa (2.753 €/m2) e ultrapassando o valor da cidade do Funchal (1.439 €/m2).

Em termos de taxas de crescimento, a cidade do Porto foi a que verificou maior subida, +24,7%, seguindo-se Lisboa (+23,4%), Amadora (+15,8%), Braga (12,3%), Funchal (10,4%), Vila Nova de Gaia (+10,3%) e Coimbra (+5%).

Analisando os preços dos alojamentos novos e dos alojamentos existentes, a cidade de Lisboa foi a que verificou maior diferença, com uma variação de 741 €/m2, em que as casas novas registaram um valor médio de 3.441 €/m2 e as casas existentes um valor mediano de 2.700 €/m2.

Para as cidades com mais de 200 mil habitantes, designadamente Lisboa e Porto, o INE disponibilizou dados por freguesia.

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