07 nov, 2018 - 11:27
A eventual cobrança pela Ryanair de quatro euros aos passageiros com voos marcados para esta quarta e quinta-feira e que, por indisponibilidade dos serviços online da companhia, tiveram de fazer check-in antecipado "é ilegal", alerta a Deco.
A Associação de defesa do consumidor, que vai "denunciar a situação" junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), os passageiros nestas condições a quem tiver sido cobrado pelo check-in devem reclamar junto da Ryanair e reportar o sucedido através da plataforma 'Queixas dos Transportes' da Deco.
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos junto da companhia, mas tal não foi possível até ao momento.
Em causa está o anúncio feito na segunda-feira pela companhia aérea de baixo custo de que os seus serviços de reserva e check-in online estarão indisponíveis durante um período de 12 horas, entre as 17h00 de hoje e as 5h00 de quinta-feira, para uma "atualização de sistema".
No comunicado então divulgado, a Ryanair diz ter contactado nesse dia "todos os passageiros com viagens marcadas para quarta-feira, dia 7, e quinta-feira, dia 8 de novembro, por e-mail e por SMS [mensagem de texto para o telemóvel], aconselhando-os a efetuaram o check-in online para os seus voos na terça-feira, dia 6 de novembro, antes do referido encerramento".
Contudo, segundo a Deco, "para fazer o check-in antecipadamente o consumidor pode ser surpreendido com o pagamento de quatro euros pela escolha de lugar, a única possibilidade disponível para dar seguimento ao processo naquele momento".
"Na comunicação que a Ryanair enviou aos passageiros a companhia alerta para a necessidade de fazer o check-in online, sem concretizar a razão da urgência, e indica que o serviço estará indisponível temporariamente", refere a associação, acrescentando que "os passageiros são apenas informados de que o check-in no aeroporto implica o pagamento de 55 euros".
Para a Deco, "trata-se de mais uma política inaceitável" da Ryanair, que "penaliza os passageiros, apesar de o constrangimento ser da responsabilidade da companhia".