08 nov, 2018 - 19:51 • Cristina Nascimento
Os temas que durante quatro dias estiveram em debate no Palco Central da Web Summit foram muito diversificados, mas quase todos passaram por dois tópicos: insegurança na net e combate às “fake news”.
O mote foi dado pelo pai da internet, Tim Berners-Lee, que logo na sessão de abertura lançou o “contrato para a web”, em defesa de uma melhor internet. Na mesma linha, também o presidente da Microsoft apelou aos participantes para assinarem a petição pela “Paz Digital”. Brad Smith mostrou-se muito preocupado com a questão da ciber segurança, considerando mesmo que esta é a nova guerra mundial. Já a comissária Europeia para a Concorrência pediu uma “tecnologia que não fosse contra os consumidores”.
Outro nome sonante que trouxe para a ribalta as suas preocupações com a tecnologia foi o secretário-geral das Nações Unidas. António Guterres fez um elogio às potencialidades da tecnologia, mas deixou claro que máquinas com poder de decisão para matar pessoas têm de ser banidas.
Em matéria de “fake news”, a primeira-ministra da Sérvia reconheceu que o fenómeno começa a ser um problema no seu país e avança uma solução: investir na educação.
A edição deste ano da Web Summit realizou-se no rescaldo das eleições intercalares norte-americanas. Como tal, uma das presenças aguardadas no Palco Central era o responsável tecnológico do Partido Democrata. Raffi Krikorian deixou também um alerta: “internet é um sítio perigoso neste momento”.
Precisamente sobre eleições americanas falou também o antigo elemento da Cambridge Analytica que denunciou o escândalo da manipulação de dados do Facebook. Christopher Wylie, em tom revoltado, afirmou que os “eleitores foram tratados como terroristas”.