07 jan, 2019 - 18:17 • Lusa
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Há 20 anos que o país não autorizava a compra de novos comboios, votando a ferrovia a uma "situação de letargia", afirmou esta segunda-feira o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
Durante o lançamento do concurso para a compra de 22 novos comboios para a CP, na estação de Marco de Canaveses, distrito do Porto, Pedro Marques referiu que se Portugal quer uma ferrovia competitiva e a oferecer um bom serviço aos passageiros tem de investir.
"Estamos a recuperar de um atraso de décadas que deixou a rede ferroviária a definhar e onde o verbo encerrar era o que se conjugava mais vezes", salientou.
Pedro Marques considerou que o "desinvestimento" do anterior Governo na ferrovia foi "muito grande", deixando este setor "parado".
O atraso na ferrovia foi também agravado pela redução de pessoal na Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) que o anterior governo tentou privatizar, afirmou.
Os 22 novos comboios para a CP - Comboios de Portugal, cujo concurso foi lançado esta segunda-feira, chegarão num prazo máximo de quatro anos, avançou o ministro.
"Chegarão num prazo máximo de quatro anos. Sim, a contratação pública demora até um ano, sim, os projetos técnicos e construção desses comboios demoram até dois anos e, depois, precisamos de um ano para testes e entrada em produção desse material", explicou o governante na cerimónia de lançamento do concurso para a compra de novos comboios, na estação de Marco de Canaveses, que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa.