09 jan, 2019 - 12:24
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O primeiro-ministro garante que o novo aeroporto previsto para o Montijo "não se fará se o estudo de impacto ambiental não o permitir".
Em declarações aos jornalistas, António Costa afirmou esta quarta-feira que “o estudo [sobre o novo aeroporto no Montijo] pode dizer várias coisas: pode dizer que sim, sob certas condições, e a ANA assegura desde já o compromisso de fazer a obra de acordo com as condições que vierem a ser definidas; pode dizer sim sem qualquer restrição ou pode dizer não. Não é provável que o diga relativamente a uma infraestrutura que já hoje é um aeroporto [base da Força Aérea]", argumentou.
O primeiro-ministro referiu ainda que a eventual avaliação ambiental negativa da obra é um "enorme problema para a região de Lisboa" porque o "plano B" – construção de um "aeroporto de raiz e único" em Alcochete – defendida pelo chefe de Governo "há 10 anos", demoraria "10 a 15 anos" a ser levada a cabo em vez dos três anos previstos para a "solução Portela+1".
Ou seja, a nova estrutura no Montijo, "que resolverá o problema para muitas décadas", defendeu.
António Costa reafirma, assim, aquilo que o ministro do Planeamento e Infraestruturas tinha dito na Renascença, na terça-feira. Pedro Marques garantiu que o Governo respeitará os estudos de impacto ambiental, tanto na expansão da Portela como da nova estrutura no Montijo.
“Todas a regras legais sobre matérias ambientais e de segurança serão cumpridas”, assegurou, acrescentando que “todas as medidas mitigadoras definidas nesses estudos ambientais serão integralmente cumpridas”.
O entendimento com a ANA-Aeroportos inclui a expansão do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa (Portela), e a transformação da base aérea do Montijo em aeroporto civil, cujo início de funcionamento está previsto para 2022, prevendo-se capacidade para sete milhões de passageiros.
As declarações de António Costa sobre o novo aeroporto foram feitas durante a viagem que fez no Metropolitano de Lisboa, acompanhado pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
A deslocação teve como objetivo marcar o lançamento do concurso para o prolongamento da rede, com novas estações em Santos e na Estrela, um investimento de 210 milhões de euros até 2023.