31 jan, 2019 - 20:09 • Sandra Afonso
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) perdeu mais de mil milhões a comprar ações de empresas, de acordo com a versão preliminar da auditoria à gestão do banco público, entre 2000 e 2015, a que a Renascença teve acesso.
Ao todo, em participações, as perdas chegam a 1.107 milhões de euros.
A compra de ações do BCP originou as maiores perdas, devido à forte desvalorização do papel, num total de 595 milhões.
Há ainda outras empresas conhecidas, como a Brisa, onde entre mais e menos valias a Caixa Geral de Depósitos perdeu 29 milhões.
Na Cimpor, o banco estatal perdeu mais 28 milhões e na Vista alegre 15 milhões.
No negócio da La Seda, que chegou a ser considerado um Projecto de Interesse Nacional (PIN), a Caixa reconheceu 100% de imparidades, ou seja, admite que dificilmente recupera os 53 milhões investidos.
No “Boats Caravela”, uma operação para melhorar os resultados contabilísticos, as perdas chegaram aos 340 milhões, que somam aos 40 milhões da Imocaixa - Ajalvir, uma operação para melhorar os resultados em Espanha.
No Allegro e na Antracite, dois fundos de investimento, o banco perdeu mais sete milhões.
Há outras participações em que ainda não há conclusões na versão preliminar. A versão final da auditoria será entregue ao Parlamento, depois da luz verde da Procuradoria-Geral da República.