28 fev, 2019 - 22:53 • Lusa com Redação
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou esta quinta-feira, em Lisboa, que é preciso reduzir os riscos políticos para que a economia da zona euro se desenvolva e para que “essa prosperidade” seja partilhada por todos os cidadãos.
“Temos de reduzir os riscos políticos para permitir que a economia se desenvolva, [de modo a que] os 22 trimestres consecutivos de crescimento na área do euro possam continuar e que essa prosperidade seja partilhada por todos os cidadãos”, disse Mário Centeno, que falava aos jornalistas após um encontro com o seu homólogo alemão, Olaf Scholz.
De acordo com o também presidente do Eurogrupo, a zona euro tem igualmente de trabalhar em matérias de repartição, para que a possibilidade dos salários traduzirem o crescimento da economia possa acontecer.
“É essa a função do ministro das Finanças e é essa a leitura dos dados que eu faço”, vincou.
Mário Centeno referiu ainda que, em 2018, a zona euro registou uma redução do ritmo de crescimento em comparação com 2017, ano que alcançou níveis “recorde”.
Para o titular da pasta das Finanças, esta redução está associada a um conjunto de riscos, de que é exemplo o ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia), que foram acumulados ao longo dos últimos semestres, provocando “impactos nos fluxos de comércio internacional”.
Porém, ressalvou que “o investimento atingiu, no final de 2018, nos países da área do euro, pela primeira vez, valores e taxas superiores às anteriores à crise económica”.
Já o emprego continua a crescer a "ritmos muito sustentados" e o desemprego a cair, concluiu.