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Montepio. Tomás Correia multado em 1,25 milhões de euros

21 fev, 2019 - 22:17

Em causa estão irregularidades consideradas graves, cometidas entre 2008 e 2015, conclui Banco de Portugal.

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Tomás Correia releito na Associação Mutualista Montepio Geral


O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), Tomás Correia, foi multado em 1,25 milhões de euros pelo Banco de Portugal (BdP), avança a edição online do jornal “Público”. Foram identificados sete tipos de ilícitos.

Em causa estão irregularidades consideradas graves, cometidas entre 2008 e 2015 quando Tomás Correia era presidente da Caixa Económica, atual Banco Montepio.

O Banco de Portugal também aplicou uma multa de 3,5 milhões de euros ao Banco Montepio.

Além de Tomás Correia, sete administradores da sua antiga equipa foram condenados a coimas menores.

A decisão do banco central, que também decretou a inibição de atividade no setor financeiro, é o resultado de uma auditoria forense iniciada no verão de 2014.

Tomás Correia foi reeleito presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, em dezembro de 2018.

O Ministério Público também incluiu Tomás Correia em inquéritos judiciais por alegados atos ilícitos no decorrer da sua atividade profissional.

Um dos casos remonta a 2006, quando Tomás Correia era apenas administrador do Montepio. Aí, é acusado de dar crédito, sem autorização, a dois construtores, que acumularam uma dívida de 74 milhões ao banco do Montepio e ao BES, por uma obra que não chegou a arrancar. Alegadamente, tanto Tomás Correia como Ricardo Salgado terão recebido subornos destes construtores, um deles José Guilherme, que já tinha sido acusado por outros pagamentos a Salgado.

O Banco de Portugal impôs em 2015 a separação entre a Associação Mutualista e o Banco, mas o processo ainda está por concluir.

[Notícia corrigida com o valor real da multa a Tomás Correia, de 1,25 milhões e não 1,5 milhões como avançado inicialmente. Pelo erro, as nossas desculpas]

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  • J M
    22 fev, 2019 Seixal 16:54
    Os banqueiros são todos bons rapazes. Entregar 74 milhões a um construtor por uma obra que não chegou a arrancar, ainda dá uns dividendos razoáveis.

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