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Aumentou o fosso salarial entre patrões e trabalhadores

09 abr, 2019 - 09:18

Os salários dos gestores são 52 vezes superiores aos dos trabalhadores. Já a despesa com os trabalhadores não sofre aumento significativo desde 2014.

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Aumentou o fosso entre os salários dos patrões e dos trabalhadores. No ano passado, os líderes das maiores empresas da bolsa ganharam 52 vezes mais do que aqueles que dirigem. Já em 2017 a diferença era de 33 vezes.

Segundo as contas do “Jornal de Notícias”, a remuneração média dos patrões do PSI 20 rondou um milhão de euros em 2018.

Ainda de acordo com o JN, o grupo Jerónimo Martins manteve o estatuto de empresa com maior desigualdade entre presidente executivo e trabalhador - o líder da dona do Pingo Doce, ganhou 140 vezes mais do que os seus trabalhadores.

Na Sonae, o líder da empresa ganhou 652 mil euros, 37 vezes mais que o custo por trabalhador.

Na EDP, que tem o CEO mais bem pago, os quase 2,2 milhões de euros auferidos por António Mexia ultrapassam em 39 vezes o custo por trabalhador.

Desde 2014, que a despesa com os trabalhadores não sofre aumento significativo, segundo os cálculos baseados nos relatórios anuais das empresas.

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  • Cidadao
    09 abr, 2019 Lisboa 19:05
    A captura dos Sindicatos por alguns partidos políticos, e seu inevitável enfraquecimento - não se pode servir 2 amos: ou se defendem os trabalhadores, ou se defende uma agenda partidária, e infelizmente embarcaram demasiado na 2.ª hipótese - além da fraquíssima implantação no sector privado, dão nisto. Desequilíbrio cada vez mais acentuado entre Trabalho e Capital, a favor deste último.
  • J M
    09 abr, 2019 Seixal 15:57
    Quando são os trabalhadores a dar lucros obscenos aos empresários, ao contrário de considerarem uma mais valia a força do seu trabalho, têm o descaramento de os considerarem como uma despesa. É esta a mentalidade do mundo empresarial do século XXI, graças à promiscuidade dos políticos e da propaganda jornalística com o capitalismo. Depois ficam muito surpreendidos quando concluem que a riqueza do planeta está na mão de apenas 1% da população mundial. A isto chamo cinismo.
  • José Joaquim Cruz Pinto
    09 abr, 2019 Ílhavo 12:04
    E essa cambada (muitos pouco mais que analfabetos) ainda se queixa! Mas o pior é haver tantos IDIOTAS, neles incluídos muitos políticos, jornalistas, articulistas, etc., que ainda acham que eles, coitados (os da cambada) são pouco ouvidos e considerados, e - coitadinhos, mesmo - pagam muitos impostos!

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