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Novo Banco já recebeu injeção do Fundo de Resolução. Centeno não confirma valor

09 mai, 2019 - 18:32 • Agência Lusa

Ministro das Finanças recusou-se a esclarecer se foram injetados os 1.149 milhões de euros pedidos pela instituição.

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O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse esta quinta-feira que o Novo Banco já recebeu a injeção de capital do Fundo de Resolução.

“Já foi feita [a injeção de capital] no princípio desta semana e está tudo a decorrer normalmente. O valor foi o valor que tínhamos projetado”, afirmou Mário Centeno aos jornalistas, à margem de uma aula aberta sobre "O Euro e o futuro da Europa", em Lisboa.

Em 1 de fevereiro, na apresentação de resultados de 2018 do Novo Banco, a instituição liderada por António Ramalho confirmou que iria pedir 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução.

O ministro acrescentou hoje que a operação foi feita “através do Fundo de Resolução, com recurso a um empréstimo de parte desse valor, empréstimo esse que foi concedido pelo Tesouro ao Fundo de Resolução”. Porém, quando questionado, o ministro não revelou o valor do empréstimo.

"Em resultado das perdas das vendas e da redução dos ativos 'legacy', o Novo Banco irá solicitar uma compensação de 1.149 milhões de euros ao abrigo do atual Mecanismo de Capital Contingente (CCA). Este montante decorre em 69% das perdas assumidas sobre os ativos incluídos no CCA e 31% devido a requisitos regulatórios de aumento de capital no quadro do ajustamento do período transitório dos rácios de capital e ao impacto do IFRS 9" (normas de contabilidade), referiu, na altura, o banco em comunicado.

Em 2018, para fazer face a perdas de 2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução é uma entidade financiada pelas contribuições dos bancos do sistema (entre os quais o público Caixa Geral de Depósitos), mas está na esfera do Estado (conta para o défice orçamental) e é gerido pelo Banco de Portugal.

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  • Cidadao
    09 mai, 2019 Lisboa 19:25
    Vejam os quantitativos dos nossos impostos entregues para manter à tona um banco falido. Neste ponto, os professores têm 200% de razão: não há algumas poucas centenas de milhões para eles, que nem faziam derrapar o defice e só tinham custos plenos daqui a alguns anos e ainda por cima, metade do que o governo diz. Mas só em 2018, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução. Só em 2018! Ninguém tem nada a dizer a isto?
  • Professor
    09 mai, 2019 5 de out 19:20
    Claro: não convém dizer que não houve 400 milhões - já se provou que o numero de 800 milhões do governo é mentira - para recuperar tempo de serviço dos professores, ainda por cima com efeitos plenos só daqui a alguns anos. Mas já há dinheiro para "meter" o triplo, duma só vez, num banco falido. É que não convém mesmo nada, daí o silêncio ...

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