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"De 2008 a 2012 o presidente do BCP foi o senhor Berardo", diz Filipe Pinhal

11 jun, 2019 - 21:09

Caixa Geral de Depósitos também não questionava o empresário por saber que Berardo iria aparecer na comunicação social, afirma ex-administrador do BCP.

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O ex-administrador do BCP Filipe Pinhal disse esta terça-feira, no Parlamento, que "de 2008 a 2012 o presidente do BCP" foi o empresário Joe Berardo, que tinha "poder de fogo extraordinário" no seio do banco.

"De 2008 a 2012 o presidente do BCP foi o senhor Berardo", disse Filipe Pinhal durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), uma afirmação que segundo o próprio iria "surpreender" os deputados.

Filipe Pinhal explicou que "o senhor Berardo foi presidente da comissão de remunerações", e que da mesma comissão "fazia parte, como vogal, o senhor Luís Champalimaud".

Já Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP no período mencionado, "tinha sido empregado de Luís Champalimaud na Mundial Confiança" e por isso "estava num plano subordinado", disse o ex-administrador do BCP.

"Não tenho dúvidas que o senhor Berardo falava grosso a Luís Champalimaud na comissão de remunerações", prosseguiu Filipe Pinhal, dizendo que Champalimaud "calava e dizia a Santos Ferreira" o que é que Berardo desejava.

"Qual dois é que se atrevia a enfrentar o senhor Berardo? Como é que Santos Ferreira metralhava Berardo sabendo que foi este que o pôs no BCP?", questionou Filipe Pinhal, acrescentando que a CGD também não questionava o empresário por saber que Berardo iria aparecer na comunicação social.

Para Filipe Pinhal, José Berardo "tinha um poder de fogo extraordinário, metralhava sobre quem quisesse".

Na sua audição de hoje, Filipe Pinhal disse que pediu a José Berardo para "deixar o BCP em paz" em 2007, desmentindo afirmações do empresário madeirense sobre o papel de Pinhal nas operações para compra de ações do banco.

"Gostava de desmentir o senhor José Berardo", disse Filipe Pinhal na sua audição na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), acrescentando que seria "pouco provável" que "estivesse a ajudar" o empresário a alcançar mais votos para o destituir.

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