30 jul, 2019 - 07:05
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A menos de duas semanas da greve dos camionistas de matérias perigosas, o ministro Adjunto e da Economia admite que a Lei da Greve deve ser revista.
Em entrevista à RTP3, o ministro lembra que a lei é antiga e faz sentido ponderar-se mudanças. “É uma questão que tem de ser equacionada do ponto de vista política. A lei é dos anos 70 e faz sentido pensar se a devemos manter ou não”, afirma.
Siza Vieira sublinha que o diálogo com os sindicatos é essencial, sendo preciso reforçar as condições de negociação coletiva.
“Tenho a convicção de que precisamos de melhorar a regulação das situações de trabalho, de melhorar a situação dos trabalhadores e da qualidade do emprego. Desse ponto de vista, a interlocução e a negociação com os sindicatos é absolutamente essencial”, explica.
O ministro Siza Vieira já antes tinha alertado para os "transtornos" que a greve dos motoristas, marcada para 12 de agosto, poderá causar, sobretudo num período de férias e de incêndios.
Já o ministro da Defesa anunciou que as Forças Armadas estão prontas e têm meios para participar numa operação de apoio ao abastecimento de combustível durante a greve dos motoristas de matérias perigosas.
A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa a 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.