02 ago, 2019 - 18:11 • Redação
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O Novo Banco (NB) duplicou os prejuízos para 400,1 milhões de euros no primeiro semestre do ano, foi anunciado esta sexta-feira. A venda de ativos tóxicos penalizou os resultados.
A instituição explica, em comunicado, que o grupo “registou perdas relacionadas com o processo de restruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius (imóveis), o projeto Albatroz em Espanha e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a 340 milhões de euros”.
Apesar de os prejuízos terem duplicado no primeiro semestre do ano, o Novo Banco registou uma melhoria de 9,1% na atividade comercial, para 414,8 milhões de euros.
Por outro lado, o banco conseguiu reduzir os custos operativos em 0,4%, no primeiro semestre, situando-se em 243,1 milhões de euros, “reflexo das melhorias concretizadas ao nível da simplificação dos processos e da otimização de estruturas com a consequente redução no número de balcões e de colaboradores, tendo os custos da atividade legacy apresentado também uma redução”.
Os custos com pessoal baixaram 0,3%, com uma redução de 103 trabalhadores em relação ao 31 de dezembro de 2018. Em 30 de junho de 2019 o Grupo Novo Banco contava com 4.993 colaboradores e 401 balcões espalhados pelo país.
Novo Banco pede mais 541 milhões ao Fundo de Resolução
No comunicado divulgado esta sexta-feira, o Novo Banco prevê pedir mais 541 milhões de euros ao Fundo de Resolução, uma estimativa tendo em conta o prejuízo de 400,1 milhões de euros.
“O montante de compensação de capital estimado nas contas do semestre é de 541 milhões. A compensação do final do ano dependerá das perdas e custos, das recuperações e das exigências de capital em vigor à data”, refere o NB.
Nos primeiros três meses de 2019, o Novo Banco tinha reduzido os prejuízos para 93,1 milhões de euros, uma melhoria face aos prejuízos de 130,9 milhões de euros registado no ano passado.
Em 2018, para fazer face a perdas, o Novo Banco, que resultou da dissolução do BES, recebeu uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.
A instituição liderada por António Ramalho pediu este ano mais 1.149 milhões de euros.