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Sindicato dos Motoristas reage aos serviços mínimos. "Vivemos numa ditadura"

07 ago, 2019 - 19:01

Pedro Pardal Henriques considera que serviços mínimos entre 50% e 100% são um "atentado à democracia".

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Os serviços mínimos entre os 50% e os 100% são um atentado à democracia, afirma o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

“Como o 25 de abril, hoje devia ser feriado nacional, 7 de agosto, porque hoje o que os ministros acabaram de fazer foi retirar todos os direitos aos trabalhadores. É uma vergonha", acusa Pedro Pardal Henriques.

O SNMMP considera que os ministros que anunciaram os serviços mínimos “envergonharam os portugueses”.

“Não vivemos numa democracia, vivemos numa ditadura do tudo posso. A greve existe, mas só de nome para tirar salário a estas pessoas que vão fazer greve”, lamenta Pardal Henriques.

“Acima disto só os ministros terem decretado 150% de serviços mínimos. Sinto-me de luto. O que foi declarado hoje foi um atentado a democracia no nosso país”, acusa o representado dos motoristas.

O Governo anunciou esta quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias.

A paralisação começa na próxima segunda-feira, 12 de agosto, e não tem data para terminar.

Os serviços mínimos de 100% são para garantir o abastecimento de infraestruturas vitais, como portos, aeroportos de serviços prioritários, instalações militares, bombeiros e forças de segurança, funcionamento de hospitais, centros de saúde, entre outros, anunciou em conferência de imprensa o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva.

A greve dos motoristas de matérias perigosas terá de garantir serviços mínimos de 75% para assegurar o funcionamento da rede de transportes públicos.

Para os postos de abastecimento normais, os serviços mínimos fixados pelo Governo são de 50%.

Comentários
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  • Cidadao
    07 ago, 2019 Lisboa 20:30
    E vamos ver, se não perdem também, o que conquistaram até aqui. Vocês, motoristas, foram longe demais. Deviam ter saído do Jogo enquanto estavam a ganhar. Pensaram ter mais força do que realmente tinham, forçaram a mão, e deram ao governo o pretexto para o que mais não é que um, anular-não-anulando, do Direito à Greve. E ainda por cima com os parabéns da população. Alterar a Lei da Greve para quê? Afinal, tal como para os Enfermeiros, Professores, Médicos, o Sistema já tem legislação mais que suficiente para anular os efeitos de qualquer greve...

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