13 ago, 2019 - 15:29 • Lusa
O abastecimento ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, está a acontecer esta terça-feira com "maior regularidade", mas ainda não permite levantar as medidas de restrição, revelou a ANA -- Aeroportos de Portugal.
Em resposta escrita à Lusa, fonte oficial da gestora indicou que "o abastecimento ao Aeroporto Humberto Delgado decorre, hoje, com maior regularidade do que ontem [segunda-feira]. No entanto, o fluxo de combustível ainda não é suficiente para retirar as medidas de restrição ao abastecimento das aeronaves".
A ANA adiantou também que está "em conjunto com o Governo, empresas petrolíferas, companhias aéreas e 'handlers' [empresas de assistência aos passageiros e aos aviões], a acompanhar e a avaliar a situação, com vista à minimização do impacte na operação".
Durante o primeiro dia da greve, que ocorreu esta segunda-feira, dia 12, a ANA deu conta de que o ritmo de abastecimento no Aeroporto Humberto Delgado era "insuficiente, em níveis bastante abaixo do estipulado para serviços mínimos", provocando "restrições à operação".
Numa resposta escrita enviada à Lusa na segunda-feira, gestora aeroportuária informou que estava a avaliar continuamente o impacto da greve dos motoristas no abastecimento de combustível nos aeroportos da sua rede.
O ritmo de abastecimento "insuficiente" verificado nessa altura levou à implementação de restrições à operação, "nomeadamente na redução de abastecimento de aeronaves", segundo a mesma fonte.
Esta é uma medida preventiva para dosear o combustível, tendo em conta a dificuldades de abastecimento.
Com estas iniciativas, as companhias aéreas poderão abastecer noutros aeroportos ou antes de voar para Lisboa.
A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
Ao fim do primeiro dia de paralisação, o Governo decretou a requisição civil, alegando o incumprimento dos serviços mínimos.