16 ago, 2019 - 16:11
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) reúne-se esta sexta-feira à tarde com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a convite do governante.
O presidente do SNMMP, Francisco São Bento, e o advogado Pedro Pardal Henriques entraram no Ministério das Infraestruturas pelas 16h14.
"Vamos verificar se há condições para negociar e à partida estão criadas. Se estas condições existirem, prestaremos mais declarações", disse Francisco São Bento.
O responsável esclareceu que esta primeira reunião não implica a suspensão da greve, que apenas de irá efetivar quando se iniciarem negociações com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodovários de Mercadorias (Antram).
"Quando se iniciar a reunião de negociações, a greve fica suspensa até meia-noite de domingo", esclareceu.
Avanços e recuos
O SNMMP admitiu esta sexta-feira ao início da tarde "suspender" a greve e marcou um plenário para domingo. A paralisação será suspensa temporariamente "a partir da hora de início da reunião a ser convocada pelo Governo", referiu então o sindicato, em comunicado.
Essa suspensão "produzirá os seus efeitos temporários até ao plenário nacional de motoristas de cargas perigosas, marcado para o próximo domingo, momento em que os motoristas irão decidir pelo seu futuro".
Durante a manhã desta sexta-feira, o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Francisco São Bento, tinha afirmado que a greve ia continuar "como até agora",
“Não, não estamos isolados de algum modo. Nós temos os trabalhadores mobilizados, continuam a acreditar, da mesma forma que a direção acredita. E quero aproveitar para agradecer publicamente por continuarem a acreditar. Não se deixem vergar, estamos aqui duros como o aço”, garantiu Francisco São Bento.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, anunciou esta sexta-feira que o número de postos de abastecimento pertencentes à rede REPA (Rede de Emergência de Postos de Abastecimento) exclusiva – ou seja, aqueles onde apenas os veículos prioritários podem colocar combustível – vai ser reduzido para metade.
Assim, os 52 postos atuais onde apenas os prioritários podem abastecer, “até ao final do dia passarão a 26. Ou seja, metade”, disse Matos Fernandes em conferência de imprensa.