19 ago, 2019 - 10:40 • Redação com Lusa
O Governo aprovou em reunião eletrónica do Conselho de Ministros o fim da crise energética declarada há nove dias devido à greve de motoristas de pesados, a partir das 23h59.
A situação de crise energética teve como objetivo garantir os abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado e dos setores prioritários da economia, bem como à satisfação dos serviços essenciais de interesse público e das necessidades fundamentais da população durante a greve dos motoristas.
O primeiro-ministro agradeceu aos militares das Forças Armadas o trabalho desenvolvido durante a greve dos motoristas. "Espero que não tenhamos de voltar a passar por uma situação como esta, mas é muito reconfortante para o país saber que, se uma situação como esta voltar a acontecer, temos capacidade das nossas Forças Armadas não só para responder como também para escalar essa evolução em caso de necessidade", disse o chefe de Governo.
António Costa visitou o Comando Conjunto para as Operações Militares, no concelho de Oeiras, onde foi inteirado sobre a atuação dos militares durante a greve que teve início na passada segunda-feira.
Na ocasião, o chefe de Governo aproveitou para agradecer aos militares dos três ramos das Forças Armadas "o trabalho que desenvolveram".
"Todo o país está ciente de que, em situação de crise e em situação de dificuldade, as Forças Armadas estão presentes", notou.
Desde segunda-feira até domingo, o Exército, Marinha e Forças Aérea realizaram transportes no âmbito da requisição civil.
"Como se verificou, pudemos contar com as Forças Armadas e estes 161 transportes foram absolutamente fundamentais", referiu Costa, assinalando que "grande parte deles" destinaram-se ao abastecimento do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, "sem os quais teria afetado seriamente o funcionamento de uma infraestrutura fundamental para o país".
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) anunciou no domingo que decidiu desconvocar a greve que se iniciou na segunda-feira, dia 12.
Esta manhã, o primeiro-ministro anunciou o fim da crise energética às 24 horas de hoje, após uma reunião na entidade para o setor energético em Lisboa.
O Governo confirmou hoje que está marcada uma reunião a realizar terça-feira no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, com vista à retoma das negociações.