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Greve com ou sem serviços mínimos? Antram e motoristas têm propostas diferentes

26 ago, 2019 - 15:29 • Lusa

Patrões e sindicato dos motoristas de matérias perigosas encontram-se esta tarde para discutir serviços mínimos durante a paralisação de 7 a 22 de setembro.

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A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) entram para a reunião desta segunda-feira com propostas diferentes sobre os serviços mínimos para a greve de setembro.

À entrada para a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), onde vai decorrer o encontro, o porta-voz da Antram garantiu que não vai pedir serviços mínimos para os dias de semana.

“O pré-aviso não é claro, é dúbio e terá que ser explicado. Não serão pedidos serviços mínimos durante a semana”, afirmou André Matias de Almeida aos jornalistas, escusando-se a avançar mais informações.

Do lado do sindicato, “a proposta é não haver serviços mínimos, uma vez que o que nós estamos a propor é fazer aquilo que nos obriga a lei: as 40 horas semanais”, avançou Francisco São Bento, presidente do SNMMP.

“Penso que, da parte da Antram vai também constar alguma coerência a nível negocial, declarando não haver necessidade de serviços mínimos”, adiantou, à entrada para uma reunião na DGERT.

Francisco São Bento disse ainda estar confiante de que a associação patronal irá demonstrar "boa fé negocial" na reunião de hoje, permitindo que as duas partes avancem para a negociação.

As duas partes reúnem-se nesta tarde em Lisboa para discutir os serviços mínimos para a greve ao trabalho extraordinário. Só após esta reunião, e caso não haja entendimento, é que o Governo pode interferir.

A greve está marcada para entre 7 e 22 de setembro, às horas extraordinárias, fins de semana e feriados.

Segundo o presidente do sindicato, os motoristas vão cumprir as nove horas de trabalho, incluindo a pausa para almoço, conforme estipula a lei, e vão ser assegurados todos os serviços, durante esse período de trabalho.

"Se a Antram e o sindicado declararem não haver necessidade de serviços mínimos, penso que não será o Governo a discordar dessa situação", concluiu.

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