16 set, 2019 - 06:40 • Redação com agências
Os preços do petróleo estão a disparar nos mercados internacionais, devido ao ataque com drones às instalações da Saudi Aramco, a maior petrolífera do mundo, situada na Arabia Saudita.
Houve uma quebra na produção de 5,7 milhões de barris diários, o que equivale a 5% da produção mundial. Como resultado, nos mercados internacionais, os preços subiram cerca de 20% nas últimas horas.
O presidente dos Estados Unidos já autorizou o recurso à Reserva Estratégica de Petróleo, se necessário, para estabilizar os mercados e evitar uma escalada dos preços dos combustíveis.
No domingo, um barril de petróleo Brent foi negociado a 70,98 dólares em Nova Iorque, um aumento de 18% em relação a sexta-feira, quando estava a ser negociado por 60,15 dólares.
As autoridades sauditas estão a investigar, mas ainda não identificaram o culpado.
O ataque com drones reivindicado pelos rebeldes iemenitas Huthis provocou, no sábado, incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco, no leste da Arábia Saudita - em Abqaiq e Khurais.
Os Huthis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com drones contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen em guerra desde 2015.
Contudo, a administração de Donald Trump culpou o Irão pelo ataque, país que já negou qualquer envolvimento.
O ataque atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vital para o fornecimento global de energia.
EUA prontos a reagir
Donald Trump disse que os norte-americanos estão “carregados e prontos” para responder ao ataque às refinarias sauditas, apontando que, embora pense saber quem é o "culpado", vai aguardar por uma confirmação de Riade.
"As refinarias de petróleo da Arábia Saudita foram atacadas. Há razões para pensar que conhecemos o culpado, estamos carregados e prontos, com verificação pendente, mas estamos a aguardar por notícias do reino [saudita] sobre quem eles acreditam que foi a causa desse ataque e em que termos vamos prosseguir!", escreveu no domingo à noite Trump, na sua conta do Twitter.