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Cofina chega a acordo com Prisa para compra da dona da TVI

21 set, 2019 - 09:45 • Redação com Lusa

No total, a operação vale 255 milhões de euros. O grupo que detém o “Correio da Manhã” garante que vai manter as linhas editoriais dos diferentes meios de comunicação social.

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A Cofina SGPS anunciou neste sábado ter chegado a acordo com a espanhola Prisa para comprar a totalidade das ações que detém na Media Capital, valorizando a empresa em 255 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e a que a Renascença teve acesso, a Cofina refere que, “na sequência da celebração, no dia 20 de setembro de 2019, de um contrato de compra e venda de ações com a Promotora de Informaciones, S.A. (“PRISA”), para a aquisição de ações representativas de 100% do capital social da Vertix, SGPS, S.A. (“Vertix”), que é titular de ações representativas de 94,69% dos direitos de voto do Grupo Média Capital, SGPS, S.A. (…) a Cofina – SGPS, S.A. torna pública a decisão de lançar uma oferta pública geral e voluntária de aquisição da totalidade das ações representativas do capital social do Grupo Média Capital, SGPS, S.A.”.

A dona do “Correio da Manhã” concretiza assim a Oferta Pública geral e voluntária de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da dona da TVI e da Rádio Comercial.

"O objeto da oferta é constituído pela totalidade das 84.513.180 ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1,06 euros, representativas do capital social e dos direitos de voto da sociedade visada", refere ainda o comunicado.

A Cofina propõe-se pagar 2,3336 euros por cada ação da Media Capital (não controlada pela Prisa) e 2,1322 euros pelas mais de 80 milhões de ações que estão nas mãos do grupo espanhol.

A oferta global ascende a 180 milhões de euros e inclui a dívida de 75 milhões da Media Capital. No total, a operação de compra da Media Capital envolve cerca de 255 milhões de euros.

“Caso a aquisição da referida participação venha a ser positivamente apreciada pelos reguladores, o seu financiamento está assegurado através de crédito bancário já aprovado e da realização de um aumento de capital”, garante a Cofina no comunicado.

“Excluindo a percentagem do capital em free-float, o aumento de capital está garantido em mais de 50% pelos atuais acionistas de referência, sendo, no entanto, possível que entrem novos investidores com posições qualificadas”, refere por fim.

No comunicado enviado à CMVM, mais uma garantia: serão mantidas as linhas editoriais dos diferentes meios de comunicação social. Pretende-se, além disso, manter "todos os profissionais que estejam dispostos a colaborar no novo projeto".

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