01 nov, 2019 - 13:38
A ex-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, assume esta sexta-feira a liderança do Banco Central Europeu (BCE), sucedendo a Mario Draghi.
Christine Lagarde é a primeira mulher a assumir a presidência do BCE, depois de ter sido também a primeira mulher na liderança do FMI.
Antes de Mario Draghi, o BCE teve como presidentes o francês Jean-Claude Trichet e o holandês Wim Duisenberg, que foi o primeiro presidente da instituição.
Foi em 16 de julho que Lagarde apresentou a demissão do cargo de diretora-geral do FMI, com efeito em 12 de setembro, e o Conselho Executivo aceitou o pedido, elogiando a sua “excecional” administração e liderança “inovadora e visionária”.
Na quarta-feira, a nova presidente do BCE defendeu políticas sobre taxas de juros baixas como forma de apoio às empresas, em vez de pagamentos mais elevados à poupança.
Questionada pela RTL sobre os efeitos negativos das taxas de juro próximas do zero sobre a remuneração da poupança, Lagarde interrogou: “O que teria acontecido se o BCE tivesse feito o contrário?”.
No que toca a políticas futuras, Lagarde não quis pronunciar-se porque, justificou, precisa de “recursos e tempo” para definir as medidas.
Na opinião de economistas contactados recentemente pela agência Lusa, as medidas anunciadas por Mario Draghi em setembro facilitaram o trabalho a Christine Lagarde, que recebe do italiano um legado “exigente”, mas mais “leve” do que dos anteriores presidentes do BCE.