05 nov, 2019 - 14:33 • Agência Lusa
O presidente executivo da EDP, António Mexia, disse esta terça-feira que, no final da próxima década, a energia fornecida pela empresa será 100% proveniente de fontes renováveis e que atualmente já representam mais de 75% da produção.
“No final da próxima década seremos [a EDP] 100% renováveis”, afirmou António Mexia, que falava para a plateia presente no painel “Remodelar os modelos de negócio para salvar o planeta”, durante a Web Summit, em Lisboa.
Sublinhando que, atualmente, mais de 75% de energia produzida pela EDP é proveniente de fontes renováveis, como a água, energia das ondas e solar, António Mexia sublinhou, no entanto, que há energia fóssil, nomeadamente o gás, que vai ter um papel preponderante na transição energética.
“As renováveis não estão disponíveis 24 horas por dia”, afirmou o líder da energética, acrescentando que é necessário combinar energia de várias fontes de forma a garantir eficiência energética.
Questionado sobre uma forma de se conseguir reduzir o valor da fatura da luz em Portugal, Mexia reiterou que as energias renováveis são “as melhores notícias” para se baixar o custo da eletricidade.
“As renováveis são a tecnologia mais barata e mais eficiente para gerar energia”, defendeu.
O presidente da EDP apontou ainda o dedo aos decisores políticos, particularmente da União Europeia e dos Estados Unidos, que, num setor tão regulamentado como o da energia, estão a “ficar para trás” no que diz respeito ao combate às alterações climáticas.
Na ótica de António Mexia, “há ainda muita gente que continua a lutar contra a transição energética”.
“O problema das alterações climáticas não pode ser adiado”, concluiu.
Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é considerada um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, vai manter-se na capital até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência da conferência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.
O evento realiza-se em Lisboa entre hoje e 07 de novembro.