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Governo foi "até onde podia ir" nos aumentos salariais na Função Pública

13 dez, 2019 - 15:00 • Lusa

Os sindicatos reagiram com repúdio à proposta de aumento de 0,3%.

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O secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, garante que o Governo "foi até onde podia ir" em matéria de atualização dos salários com a proposta de 0,3% e destacou o esforço do executivo de "regressar à normalidade".

“A proposta do Governo foi até onde podia ir, tendo em conta que o descongelamento das carreiras, com o pagamento a 100% das valorizações remuneratórias resultantes desse desenvolvimento tem um impacto nas contas públicas em matéria de massa salarial de 527 milhões de euros", disse o governante aos jornalistas no final da reunião suplementar que deu por encerradas as negociações com os sindicatos da Função Pública, em Lisboa, esta sexta-feira.

Questionado pelos jornalistas sobre a indignação dos sindicatos com o valor apresentado pelo executivo, José Couto afirmou que 0,3% "é aquilo que o Governo considera que está nas possibilidades do enquadramento financeiro e orçamental" tendo em conta o impacto ainda no ano de 2020 do descongelamento das carreiras.

Insistiu ainda no facto de 2020 ser o primeiro ano em que vão ser retomadas as atualizações salariais na Função Pública.

José Couto rejeitou assim falar em "falhanço" e preferiu destacar que as três reuniões de negociação feitas com os sindicatos foram "muito profícuas" na medida em que "foi possível chegar a um conjunto de consensos ao nível do articulado dirigido à Função Pública que não pode ser desmerecido".

Questionada sobre a contraproposta da FESAP de baixar de 3,5% para 2,9% a atualização salarial para o próximo ano e contemplar o aumento das ajudas de custo e do subsídio de refeição, fonte oficial do gabinete do Ministério da Administração Pública respondeu que "a proposta inicial do Governo não se alterou", sem prejuízo de a ministra levar no sábado a Conselho de Ministros a contraproposta da estrutura sindical.

Segundo o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, o impacto do aumento salarial da função pública em 2020 será de 60 a 70 milhões de euros.

O Governo defende que a atualização salarial no próximo ano, somada às outras medidas já tomadas com impacto nas remunerações, como o descongelamento das progressões na carreira, terá um custo total de 715 milhões de euros, correspondente a um aumento médio de 3,2% por trabalhador.

O valor representa um aumento de 49 milhões de euros face a 2019, em que são esperados gastos de 666 milhões de euros, destaca o Governo num documento divulgado após as reuniões de quarta-feira com os sindicatos.

Comentários
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  • Digo Eu
    13 dez, 2019 Cá 16:25
    O que é preciso é novos Sindicatos e não os sindicatos do regime que reagem sempre da mesma (inofensiva) maneira. Precisamos de STOP'S. Precisamos de Sindicato de Enfermeiros que pós o governo em brasa, precisamos de sindicatos como os estivadores de setubal, precisamos de algo bem diferente da chachada actual, porque com essa não passaremos das declarações políticas, greves de 1 dia e marchas pela avenida.
  • Cidadao
    13 dez, 2019 Lisboa 16:17
    Os números do governo são manipulação grosseira e imediatamente se deteta uma tentativa mal disfarçada de criar vaga de fundo, apresentando os funcionários públicos - que é preciso não esquecer, são o principal eleitorado do PS - como uns malandros privilegiados. Já vimos este filme outras vezes, mas os sindicatos deviam andar avisados e deviam começar por desmontar esta argumentação com factos. E se não têm o tempo de antena do governo, de certeza que têm acesso a Redes Sociais, blogues, Internet e hoje há muito mais que televisão para passar a mensagem. Comecem por desmontar a falácia do Costa. Só depois falem em "lutas"
  • Funcionário espoliad
    13 dez, 2019 Roubado e ludibriado 16:13
    Vamos ver se Avoilas

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