18 jan, 2020 - 01:30 • Lusa
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) vão juntar-se à greve decretada para a função pública no dia 31 de janeiro, prevendo constrangimentos no atendimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica (STSS) adianta, em comunicado, que as análises clínicas, raio x, cardiologia, audiologia, farmácia, neurofisiologia e cirurgias programadas "serão algumas das áreas afetadas por esta paralisação".
Estes funcionários aderem à manifestação nacional agendada, pelas 14h30, no Marquês do Pombal, em Lisboa, estando na base desta greve a "defesa de aumentos salariais justos e a defesa dos serviços públicos".
Os TSDT protestam ainda "contra o encerramento, unilateral, por parte do Governo, do processo negocial da revisão da carreira dos TSDT, relativamente à transição e grelha salarial, e sem acordo das Associações Sindicais e exigem".
Exigem igualmente "aumentos salariais justos, pela recuperação do poder de compra de todos os trabalhadores da Administração Pública; alteração do Decreto-Lei 25/2019 de 11 de fevereiro, para que contenha transições justas para os TSDT nas três categorias da carreira e uma grelha salarial equiparada a outras carreiras da Administração Pública, com o mesmo nível habilitacional e profissional.
Querem que todo o tempo de serviço e a avaliação de desempenho anterior ao processo de transição para a carreira especial dos TSDT releve para efeitos de progressão e alteração de posição remuneratória.
Exigem também o correto descongelamento dos TSDT efetuado na nova tabela salarial, independentemente do vínculo laboral.
"Trata-se de uma luta por justiça e equidade, à qual se juntam 18 profissões das áreas de diagnóstico e terapêutica que se desenvolvem em complementaridade funcional com outros grupos profissionais da saúde, com igual dignidade e autonomia técnica de exercício profissional", lê-se na nota.
A greve está decretada para o período entre as 00h00 e as 24h00 do dia 31 de janeiro, para o continente e Açores, onde serão apenas assegurados os serviços mínimos previstos na lei.
A decisão dos técnicos de diagnóstico junta-se à de outras estruturas sindicais que também marcaram uma paralisação nacional para o dia 31.
A Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, da UGT, convocou na quinta-feira uma greve nacional da função pública para o mesmo dia.
Também a Federação dos Sindicatos da Administração Público, a Federação Nacional dos Professores, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros e a Federação Nacional dos Médicos anunciaram paralisações nacionais para o dia 31.
Em dezembro, a Frente Comum, da CGTP, também emitiu um pré-aviso de greve para que os trabalhadores do Estado possam participar na paralisação nacional.