29 jan, 2020 - 20:22 • Ana Carrilho
A taxa de ocupação da hotelaria nacional voltou a subir em novembro, o que acontece pela primeira vez desde maio. Eventos como o Web Summit ajudaram ao crescimento, sobretudo na capital e concelhos da região de Lisboa. A Madeira continua a ser uma preocupação; nunca mais descola das quebras. São os dados do AHP Tourism Monitor, divulgados esta quarta-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal.
A taxa de ocupação hoteleira, a nível nacional, em novembro, atingiu os 60%, mais 0,6 pontos percentuais (p.p.) do que no mesmo mês de 2018. Os destinos que mais cresceram foram Estoril/Sintra (mais 5,85 p.p.), Costa Azul (mais 5,3 p.p.) e Minho (mais 5 p.p.).
O preço médio por quarto disponível (RevPar) subiu 1%. Mas Lisboa bateu o recorde com 87 euros, seguido do Porto (50 euros) e Estoril/Sintra (47 euros).
Já o preço médio por quarto ocupado (ARR) manteve-se inalterado em relação ao ano anterior, na ordem dos 76 euros.
Segundo o AHP Tourism Monitor, os hotéis de cinco estrelas foram os que mais cresceram, na ocupação, em Novembro. Mas se tivermos em conta o ARR, as subidas significativas vão para as unidades de duas e três estrelas.
Cerca de 94% de ocupação (mais 1 p.p. do que em 2019), entre os dias 4 e 7 de novembro, foi a taxa apurada no inquérito “Impacto da Web Summit”, feito aos seus associados pela Associação de Hotelaria de Portugal.
Oitenta por cento das reservas foram feitas por participantes da Web Summit e o “top 5” dos países emissores inclui o Reino Unido, Espanha, Brasil, Alemanha e os Estados Unidos. O preço médio baixou 9% em relação a 2018 e fixou-se em 155 euros.
A AHP estima que os “websummiters” tenham gasto uma média de três milhões de euros por dia na hotelaria de Lisboa, ou seja, cerca de 12 milhões de euros nos quatro dias do evento.
Quase todos os destinos turísticos registaram subidas nos diversos indicadores e, sobretudo, em Lisboa, Estoril/Sintra, Minho e Aveiro.
Por outro lado, a Madeira continua com resultados negativos. Em novembro do ano passado voltou a registar uma queda acentuada na taxa de ocupação (menos 7,58 p.p.), o que gerou uma redução no rendimento médio por quarto de 10%.