06 mar, 2020 - 11:57 • Fátima Casanova , Cristina Nascimento
Há uma empresa em Singapura, com 15 mil funcionários, que está a prevenir-se contra a doença através de uma aplicação desenvolvida em Portugal. A app permite aos funcionários partilhar e atualizar informações sobre o seu estado de saúde.
Chama-se "Health Status Reporting" e é a resposta a um pedido de uma empresa de segurança, para criar um sistema que permitisse um rastreio eficaz dos vários sintomas associados ao Covid-19.
“Serve essencialmente para fazer o rastreamento de sintomas do coronavírus. Permite aos colaboradores da empresa registarem na aplicação se têm algum sintoma do coronavírus, nomeadamente tosse, expectoração, febres”, explica à Renascença Pedro Delgado, diretor técnico da empresa Do It Lean.
A aplicação permite ainda que os colaboradores registem regularmente a sua temperatura e emitir “alertas tanto para a pessoa, como para a organização que existe alguém com determinados sintomas ou que está com alterações de temperatura”.
Além da condição física, a aplicação prevê ainda que possam ser registadas deslocações para o estrangeiro.
Pedro Delgado explica ainda os utilizadores são informados e têm de autorizar a recolha de dados.
“A primeira vez que o utilizador for registar algum dado é confrontado com o pedido de autorização para o fazer”, garante.
Esta autorização em Singapura é suficiente, mas na Europa, devido ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), a utilização desta ferramenta torna-se mais complicada.
“Já recebemos contactos de empresas nacionais que pretendem fazer a utilização da aplicação. Estamos neste momento a discutir com eles questões mais relacionadas com a privacidade dos dados, nomeadamente o RGPD”, explica.