17 mar, 2020 - 02:37 • Redação, com Lusa
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Mário Centeno garante que o Eurogrupo fará tudo “o que for preciso e mais” para combater os efeitos da pandemia de coronavírus na economia da Europa.
A posição saiu de uma reunião por videoconferência do Eurogrupo, o grupo informal de ministros das Finanças da zona euro ao qual preside Mário Centeno.
O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças de Portugal deixou palavras de tranquilidade numa altura em que a pandemia de coronavírus já está a abalar fortemente as economias europeias.
“O nosso compromisso é ilimitado”, assegura Mário Centeno.
“Nós vamos tomar todas as medidas decisivas e coordenadas que forem necessários, incluindo medidas orçamentais, para apoiar o crescimento e o emprego”, refere a declaração do Eurogrupo.
Os países membros da moeda única estão de acordo: os efeitos orçamentais das medidas de resposta ao coronavírus não serão tidas em conta para as regras de rigor orçamental da zona euro.
Em declarações à agência Lusa no final da reunião, Mário Centeno disse à agência Lusa que "o custo da reação não é uma matéria relevante neste momento. Ela tem é de ser efetiva”.
Questionado sobre de que forma se comparam os efeitos da crise económica causada pelo novo coronavírus à crise financeira de 2008, Centeno disse que é esta uma crise "muito diversa" e que as consequências dependem da resposta que lhe for dada.
"As consequências desta crise dependem muito da resposta que lhe dermos, e nós estamos a trabalhar nisso todos os dias desde que ela se desenvolveu", disse o governante à Lusa.
O governante disse ainda que os valores de cerca de 300 milhões de euros, referentes ao primeiro pacote de medidas de apoio anunciado pelo Governo, calculados para duas semanas, poderão aumentar.
O ministro afirmou que Portugal "construiu as condições para hoje poder reagir, do ponto de vista económico e financeiro, a esta crise".
A presidente da Comissão Europeia anunciou um paco(...)
Sobre a reunião do Eurogrupo, Centeno afirmou que os países não estavam "preparados" para esta crise, mas afirmou que houve um consenso de que todos os membros da zona euro farão "tudo o que for necessário" para combater a crise associada ao vírus.
"Não é uma flutuação cíclica da economia, não é um problema estrutural das nossas economias. É um choque comum, de proporções muitíssimo negativas, e que requer de todos uma ação muito determinada", afirmou o presidente do Eurogrupo.
O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai disponibilizar até 40 mil milhões de euros para combater os efeitos económicos causados pela propagação da pandemia de Covid-19, foi esta segunda-feira anunciado.
Deste total, até 20 mil milhões de euros serão disponibilizados para "regimes de garantia dedicados aos bancos, com base nos programas existentes para implantação imediata".
O BEI também vai aplicar até 10 mil milhões de euros "em linhas de liquidez dedicadas aos bancos para garantir ajuda adicional de capital" às Pequenas e Médias Empresas (PME).
A nota acrescenta que os restantes 10 mil milhões de euros serão dedicados a programas de "compra de títulos garantidos por ativos para permitir que os bancos transfiram riscos em carteiras de empréstimos para as PME".
O Banco Europeu de Investimento explicita que estas ações podem ser "implementadas rapidamente".
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