19 mar, 2020 - 12:27 • Luís Aresta
Entre 20 a 30 empresas de transportes estão já a acusar os efeitos da suspensão na produção, decretada pela Autoeuropa, em Palmela, para durar até 29 de Março. Segundo revelou à Renascença a presidente da Associação Nacional de Transportadoras Portuguesas (ANTP), ainda nenhuma das empresas de transportes em causa foi forçada a cessar a atividade, mas "algumas estão a ser seriamente afetadas e em dificuldades".
Num contexto mais alargado, a ANTP aguarda pelo esclarecimentos do Conselho de Ministros quanto à amplitude do estado de emergência decretado por Marcelo Rebelo de Sousa. A empresária e dirigente do setor transportador, Sónia Valente, não deixa porém de assinalar que "é importante rever planos, na medida em que, para além da cadeia alimentar há que assegurar o transporte de contentores, da carga geral e mesmo da distribuição porta a porta".
Por agora, a única cerca sanitária em vigor no país é a que confina o concelho de Ovar. Sónia Valente diz ter conhecimento pontual de algumas situações restritivas, mas nada que esteja a impedir as transportadoras de operar dentro de um quadro próximo do normal.
A presidente da ANTP sublinha que o momento é "sensível e preocupante" e mantém-se em contacto com o Governo e União Europeia, de forma a garantir o máximo de operacionalidade às empresas transportadoras.