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​FMI diz que depois do coronavírus a recessão será “tão má ou pior” do que a de 2008

23 mar, 2020 - 18:51 • Sandra Afonso

A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, disse que para determinar a magnitude da crise que virá depois da pandemia terá de se perceber como é que os países vão reagir. Acções concertadas podem ser determinantes.

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Se a crise financeira de 2008, conhecida como a crise do “subprime” foi brutal para muitas famílias e empresas, o Mundo deve preparar-se porque até ao final deste ano vai conhecer outra crise económica igualmente má.

O aviso foi feito pelo Fundo Monetário Internacional, que acredita, no entanto, numa recuperação em 2021, se os países responderem à altura a esta pandemia.

Em declarações após uma “conference-call” entre os ministros das Finanças do G-20 e governadores dos bancos centrais, a diretora geral do FMI, Kristalina Georgieva, foi clara: “As previsões para 2020 são negativas – haverá uma recessão pelo menos tão má como durante a crise financeira global, ou será ainda pior.”

Ainda segundo Georgieva, “o impacto económico é e será grave, mas quanto mais rápido o vírus parar, mais rápida e forte será a recuperação".

O próximo ano pode ser de crescimento económico, tudo depende do que os países fizerem agora.

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE), hoje reunidos em videoconferência, concordaram com a inédita ativação da cláusula de derrogação do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), para permitir aos Estados-membros uma resposta eficaz à pandemia de covid-19.

Três dias depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter proposto a suspensão temporária das regras orçamentais contempladas no pacto, para permitir aos Estados-membros que se desviem temporariamente das obrigações normais estabelecidas no quadro orçamental europeu e invistam o que for necessário no combate à covid-19, o Conselho de ministros da Economia e Finanças (Ecofin) considerou hoje que as condições para o recurso à cláusula de derrogação “estão preenchidas”, face ao “impacto negativo significativo” que a pandemia já está a ter na União Europeia.

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