Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Corte nas receitas pode chegar aos 60%. Media portugueses pedem investimento estatal em publicidade e outras medidas

31 mar, 2020 - 19:11 • Hugo Monteiro , com redação

As quebras acentuadas nas receitas de publicidade já se fazem sentir e o pior ainda estará para vir. Em declarações à Renascença, Luís Nazaré, da Plataforma de Media Privados, pede ajuda ao Governo para que a comunicação social continue a informar os portugueses.

A+ / A-

Veja também:


A pandemia de coronavírus afeta todos os setores da economia e a comunicação social não é exceção. Por isso, a Plataforma que junta os órgãos de comunicação social pede o apoio do Governo. As quebras nas receitas de publicidade já se fazem sentir e o pior ainda estará para vir.

A perspetiva é de um corte muito significativo nas receitas de publicidade, a fonte de financiamento primordial dos órgãos de comunicação social privados.

Em declarações à Renascença, o diretor-executivo da Plataforma de Media Privados, Luís Nazaré, descreve um cenário muito complicado para várias empresas.

Luís Nazaré explica que o corte nas receitas pode chegar, no imediato, aos 40 ou 60%, tal como está a acontecer um pouco por toda a Europa.

“O recurso aos media tem aumentado, as pessoas estão carentes de informação, mas isso não se traduz num aumento de receitas. Pelo contrário. A quebra de receitas tem sido muito forte porque elas são asseguradas, essencialmente, pela publicidade e publicidade tem a ver com a atividade económica, que está bloqueada neste momento.”

O diretor-executivo da Plataforma de Media Privados fala num “corte brutal do investimento publicitário” e considera que a comunicação social é uma das principais vítimas da crise.

A situação será tão grave quanto mais tempo durar o combate à pandemia e quanto mais acentuadas forem as consequências para a economia nacional.

A Plataforma de Media Privados enviou um conjunto de medidas ao Governo. Nestas declarações à Renascença, Luís Nazaré destaca aquela que propõe que o executivo invista “massivamente” em publicidade nos meios de comunicação social privados.

O Estado pode utilizar esses espaços publicitários para informar a população sobre as medidas que estão a ser tomadas contra a Covid-19

“É medida que se nos afigura justa, certa e muito eficaz, na medida em que pode transportar imediatamente liquidez para o sistema”, refere Luís Nazaré.

Da lista de medidas fazem ainda parte propostas como a flexibilização de regimes como o “lay-off”, a aplicação em certos casos da taxa de 0% de IVA para alguns produtos de informação, a suspensão de algumas taxas e uma contribuição especial do Estado para encargos extraordinários das rádios na manutenção dos transmissores.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+