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Ainda sem consenso, Eurogrupo retoma reunião na quinta-feira

08 abr, 2020 - 07:26 • Redação

Objetivo de Mário Centeno mantém-se: "criação uma rede de segurança europeia robusta contra as consequências da Covid-19 e compromisso com um plano de recuperação considerável.”Ministros das Finanças europeus procuram compromisso sobre a resposta económica à crise provocada pela pandemia.

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Após 16 horas, a reunião do Eurogrupo foi suspensa até quinta-feira, segundo anunciou o seu presidente na rede social Twitter. Mário Centeno diz que os ministros das Finanças estão próximos de um acordo, mas que ainda não está fechado.

“O meu objetivo mantém-se: uma rede de segurança europeia robusta contra as consequências da Covid-19 (para proteger trabalhadores, empresas e países) e compromisso com um plano de recuperação considerável.”

Segundo Centeno, é preciso agora proceder a consultas com os governos dos Estados-membros sobre o pacote de medidas económicas para a Europa enfrentar a pandemia.

Também o comissário europeu da Economia apelou ao “sentido de responsabilidade” do Eurogrupo, por os ministros das Finanças da zona euro não terem ainda chegado a acordo sobre a resposta económica da Europa à crise gerada pela Covid-19. “A Comissão Europeia apela ao sentido de responsabilidade necessário numa crise como esta”, vinca o responsável europeu pela pasta da Economia, Paolo Gentiloni, numa publicação na rede social Twitter, dando conta da suspensão dos trabalhos.

Aquele que é o representante do executivo comunitário nas discussões do Eurogrupo sobre a crise gerada pela pandemia covid-19, adianta: “Amanhã é outro dia”.

Contudo, o compromisso a que os ministros das Finanças estão ‘obrigados’ a chegar está a revelar-se difícil de 'fechar', pois o ponto mais controverso da resposta, o financiamento para os Estados-membros, que Centeno defende que deve ser garantido através de linhas de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), por ser a opção mais prática e “consensual”, continua a dividir os Estados-membros.

De um lado, vários países, encabeçados por Itália, defendem antes a emissão conjunta de dívida – os chamados ‘eurobonds’ ou ‘coronabonds’ – e o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, já reafirmou a sua oposição à solução em forma de empréstimos do fundo de resgate da zona euro. Do outro, um conjunto de países, com Holanda à cabeça, rejeita liminarmente a mutualização da dívida, e, mesmo em relação às linhas de crédito do MEE, quer impor condições.

Mais pacíficas serão as duas outras vertentes do pacote de emergência que o presidente do Eurogrupo espera ‘fechar’ nesta reunião, para apresentar aos chefes de Estado e de Governo da UE: o programa de 100 mil milhões de euros proposto pela Comissão Europeia para financiar regimes de proteção de emprego e uma garantia de 200 mil milhões de euros do Banco Europeu de Investimento para apoiar as empresas em dificuldades, especialmente as pequenas e médias empresas.

No último Conselho Europeu por videoconferência, realizado em 26 de março, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, após uma longa e tensa discussão, mandataram o Eurogrupo para apresentar, no prazo de duas semanas, propostas concretas sobre como enfrentar as consequências socioeconómicas da pandemia, que “tenham em conta a natureza sem precedentes do choque de Covid-19”, que afeta as economias de todos os Estados-membros.

Comentários
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  • Cidadao
    08 abr, 2020 Lisboa 14:30
    E foi porque um dos do quarteto mete-nojo (alemanha, holanda, finlândia, austria) queria que mais tarde houvesse uma Troika 2 "suavizada, mas a interferir na politica económica e nas finanças dos países que iam ao chão quando tivessem de pagar as dividas dos empréstimos acumulados, ou seja, os fdp queriam o mesmo massacre de 2010. "União" Europeia? Não nesta "União", de certeza
  • ze
    08 abr, 2020 aldeia 08:38
    Esta "desunião europeia"deixa-nos a pensar!.......

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