14 abr, 2020 - 13:58 • Redação
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma recessão de 8% em Portugal e um crescimento do desemprego para os 13,9%, até ao final do ano.
Os dados do World Economic Outlook foram conhecidos esta terça-feira. A quebra abrupta da economia portuguesa e mundial é um efeito direto da pandemia de Covid-19.
Portugal passa de uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na casa dos 2% para uma queda a pique de 8%, o pior registo de que há memória na história moderna do país no espaço de um ano.
Para 2021, o Fundo Monetário Internacional estima que o PIB português cresça 5%.
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A confirmarem-se as previsões do FMI, a taxa de desemprego mais do que duplica, dos 6,5% registados em 2019 para 13,9% no final deste ano.
Em relação a 2021, a taxa de desemprego deverá recuar para 8,7%.
A taxa de inflação deverá ser negativa neste ano (-0,2%) e chegar aos 1,4% em 2021, indica o FMI.
Espanha, um dos principais parceiros económicos de Portugal, também vai registar uma recessão de 8% em 2020 e voltar a crescer 4,3% em 2021, de acordo com o World Economic Outlook.
A economia mundial vai contrair cerca de 3% em 2020. É o choque mais violento desde a Grande Depressão, da década de 30 do século passado, considera o FMI.
Mais de 8 triliões de euros podem esfumar-se em resultado da crise económica provocada pela Covid-19, segundo as contas das instituição.
Gita Gopinath, economista-chefe do FMI, diz que a atual crise é um desafio aos governos e instituições mundiais, e defende a necessidade de estímulos orçamentais para reanimar a economia.
Em conferência de imprensa, Gita Gopinath também alerta que o nível de endividamento dos países europeus tem que descer assim que a recuperação da economia tiver início.
O ministro das Finanças disse, na segunda-feira, que com a economia parada, o PIB regista perdas de 6,5% a cada 30 dias úteis.
Em entrevista à TVI, Mário Centeno rejeita que, no caso concreto de Portugal, a economia esteja “em escombros”, mas admite que “está parada, quase parada” e que “vão ser precisos pelo menos dois anos para voltar aos níveis de crescimento de 2019”. Isto, claro, “se a crise se contiver no segundo trimestre”.
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