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Câmara de Ovar garante que trabalhadores serão pagos a 100% durante o cerco

15 abr, 2020 - 10:30 • Lusa

Trabalhadores tinham-se queixado que a Segurança Social se preparava para pagar apenas 55% dos salários.

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O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, garante que os trabalhadores impedidos de laborar no concelho ou fora dele devido ao cerco sanitário em curso irão receber da Segurança Social 100% das suas habituais remunerações.

Garantia, proferida no Facebook, que surge depois dediferentes entidades locais terem divulgado que, pelo prazo de prolongamento do cerco profilático, o Estado se preparava para pagar apenas 55% dos salários desses contribuintes, como se o impedimento para o exercício laboral se devesse a doença e não à imposição legal de recolhimento domiciliário.

O cerco sanitário em Ovar abrange, atualmente, o período de 2 a 17 de abril, mas ainda poderá ser prolongado

Depois de verificar o assunto, Salvador Malheiro informa: "Sobre o tratamento dado aos trabalhadores de Ovar impedidos de trabalhar e também aos que, sendo de fora do concelho, não puderam laborar, fica aqui o esclarecimento de que todos receberão por inteiro por parte da Segurança Social, no âmbito das regras do isolamento profilático, durante a vigência completa do nosso estado de calamidade pública."

O autarca do PSD diz ter tido "oportunidade de explicar à ministra [do Trabalho e da Segurança Social] que não existem dois estados de calamidade em Ovar, mas sim um único, que foi prolongado".

Números locais e nacinais díspares

O cerco sanitário tem impedido entradas e saídas no território e obrigado mais de 1.200 unidades industriais e outros negócios a manter-se fechados desde o dia 18 de março, data da sua implementação.

Na terça-feira à noite, a Câmara Municipal de Ovar indicava registar, entre os seus cerca de 55.400 habitantes, um total de 23 óbitos e 582 infetados pelo novo coronavírus, enquanto a Direção-Geral de Saúde (DGS) indicava, durante a manhã desta quarta-feira, para o mesmo território, apenas 435 contaminados.

No resto do país, o último balanço da DGS indicava 567 óbitos por Covid-19, entre 17.448 infeções confirmadas.

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