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Covid-19

​Startup portuguesa ajuda banca a processar moratórias e linhas de crédito

16 abr, 2020 - 16:33 • Olímpia Mairos

A plataforma baseada em inteligência artificial permite a validação de milhares de processos num curto espaço de tempo, sem necessidade de alocação do backoffice, reduzindo tempos de resposta para alguns minutos.

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Chama-se DocDigitizer. É uma start-up portuguesa e está a utilizar a sua tecnologia, baseada em inteligência artificial, para ajudar os bancos na análise dos pedidos feitos pelos clientes.

Em entrevista à Renascença, João Fernandes, fundador e CEO da DocDigitizer, explica como, em contraciclo, está a instalar “soluções integradas de validação documental e assinatura remota, em tempo recorde, capacitando assim as entidades financeiras a aceitar subscrições de serviços bancários de forma totalmente remota, mas alinhadas com as diretivas e requisitos do Banco de Portugal”.

Como funciona e que mais valias pode trazer?

O DocDigitizer é uma plataforma baseada em inteligência artificial de processamento de documentos em escala. Esta plataforma é capaz de analisar qualquer tipo de documento e garantir a extração e validação de informação específica necessária para o banco e que está presente nos documentos enviados pelos seus clientes.

Desta forma, é possível a validação de milhares de processos num curto espaço de tempo, sem necessidade de alocação do backoffice, reduzindo tempos de resposta para alguns minutos.

O DocDigitizer consegue interpretar o conteúdo de cada um dos documentos, perceber onde a informação chave está e aplicar sobre esta um conjunto de regras de validação, entregando ao banco uma análise pormenorizada de cada processo em conjunto com as diversas conformidades e não conformidades de forma totalmente automatizada.

Esta plataforma é usada para o suporte não só a processos específicos de moratórias e linhas Covid-19, mas para todos os processos relacionados com tratamento de dados em quantidades.

Em termos concretos em que se traduz? Que benefícios vai trazer?

Os principais benefícios são permitir aos clientes dos bancos (particulares e empresas) que tenham os seus processos tratados em poucos minutos ao invés de semanas. Com isto o banco consegue dar um melhor serviço aos clientes, o que agora, mais do que nunca, poderá significar a viabilidade financeira de uma empresa ou a sua insolvência.

Como vai estar disponível?

A solução já está em operação em vários bancos a suportar os processos de on-boarding dos seus clientes e estamos atualmente a implementar a mesma em parceria com a Multicert, que se especializa no processo de contratação remoto, juntando assim a capacidade dos clientes para assinarem estes pedidos remotamente com a capacitação do banco para validar os processos em poucos segundos.

De que forma está a DocDigitizer a expandir a sua ação? Onde quer chegar?

Estamos, através da nossa rede de parceiros, a levar esta solução aos principais bancos nacionais e europeus e pretendemos possibilitar a entidades bancárias uma transformação digital efetiva que tenha de facto um valor tangível para os seus clientes, na simplificação de vários processos que hoje são complexos e morosos, bem como diminuir o tempo de resposta, uma vez que a rapidez tem um impacto significativo na operação da empresa.

Fora da área da banca a DocDigitizer trabalha também com diversas seguradoras, empresas de logísticas e de energia na automação dos seus processos internos.

Prevê contratar mais elementos para a equipa? Quantos?

Neste momento é sempre difícil fazer previsões, mas o reforço das equipas tem de ser feito. Contamos certamente chegar ao fim do ano com a contratação de mais 15 a 30 pessoas, muitas delas em modelo de teletrabalho e com foco em regiões mais periféricas como Castelo Branco e os Açores, onde temos escritórios.

A DocDigitizer está a operar em seis países, com escritórios em Lisboa e Boston e tem como missão criar um mundo onde a informação possa ser transferida de forma fluida entre organizações, automatizando processos sem valor acrescentado, transformando conteúdo preparado para ser lido por pessoas em dados digitais com valor para o negócio.

Comentários
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  • manuel Augusto alves
    17 abr, 2020 Lisboa 11:25
    É um orgulho, ver que em Portugal as novas tecnologias estão ao nível de qualquer outro País da Europa e até do Mundo.

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