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​Ginásios apresentam plano para voltar ao exercício em maio

28 abr, 2020 - 17:59 • Dina Soares

Uma empresa de gestão de espaços desportivos divulgou um plano em três fases, distribuídas por cinco semanas, destinado a garantir a segurança na reabertura dos ginásios, fechados há um mês e meio e que deverão perder 100 milhões de euros até ao final do ano.

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Os ginásios contam retomar a atividade durante o mês de maio, ao mesmo tempo do que o pequeno comércio, e por isso elaboraram já um plano que esperam que sirva de base às medidas definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Governo para a sua reabertura.

O plano, apresentado por uma empresa dedicada à gestão económica e financeira de espaços desportivos, a ALL United Sports, baseia-se em regras aplicadas noutros países e passa por um processo de reabertura em três fases, distribuídas ao longo de cinco semanas.

Nas primeiras duas semanas propõe-se, por exemplo, a medição da temperatura à entrada, a presença máxima de uma pessoa por cada quatro metros quadrados, obrigatoriedade do uso de máscaras e disponibilização de desinfetantes para as mãos e toalhetes e desinfeção constante dos espaços e aparelhos.

A lotação na zona de cardio-musculação e nos balneários deve ser reduzida em 50% e as aulas de grupo mantêm-se suspensas. Os utentes com mais de 60 anos ou com doenças preexistentes devem ficar isentos do pagamento de mensalidade sem perda de regalias.

Aulas de grupo e piscinas só na terceira semana

Na terceira semana, equivalente à segunda fase de reabertura, é proposta a retoma das aulas de grupo com uma limitação a 50% da ocupação. As aulas devem ser mais espaçadas para permitir a renovação do ar entre elas. As piscinas podem também reabrir com a ocupação reduzida a metade. Todas as medidas anteriores são para manter.

A partir da quinta semana, o plano prevê a reavaliação da situação de modo a poder aumentar a lotação máxima para 75% do espaço, bem como a eventual reabertura dos serviços de spa, saunas e banhos turcos.

Fechados desde 16 de março, os ginásios deverão sofrer, em 2020, uma quebra de receitas da ordem dos 40%, o que equivale a 100 milhões de euros. Além disso, a recuperação prevê-se lenta com a faturação 20% abaixo da previsão inicial, o que representa um retrocesso de quase 10 anos, com valores próximos dos que foram alcançados entre 2010 e 2013.

Muitos profissionais desta área, mais de 17 mil, poderão perder o emprego ou parte dos seus rendimentos, à semelhança do que está a acontecer noutros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a famosa cadeia 24 Hours Fitness, conhecida por patrocinar o programa “The Biggest Loser”, prepara-se para apresentar falência. Na China fecharam mais de 6 mil ginásios.

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