08 mai, 2020 - 22:02 • Filipe d'Avillez
A Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal (AHRESP), pede ao Governo a redução temporária do IVA no setor, para ajudar a fazer face às dificuldades provocadas pelo confinamento, motivado pela pandemia de coronavírus que se fez sentir em todo o mundo.
Numa nota enviada à Renascença a AHRESP congratula-se pelas orientações publicadas esta sexta-feira pelo Governo para a retoma das atividades económicas do setor da restauração, mas pede que o Executivo vá mais longe.
“Reconhecendo a necessidade de reabertura gradual da economia e aceitando os necessários condicionamentos de natureza sanitária, não podemos deixar, uma vez mais, de constatar o forte impacto económico que o surto pandémico continuará a provocar nas empresas de restauração e bebidas”, escreve a organização.
“A sua sobrevivência está seguramente dependente das medidas específicas que o Governo venha a adotar, no sentido de garantir condições de liquidez e de manutenção das centenas de milhares de postos de trabalho que as nossas empresas asseguram.”
“Uma decisão extraordinariamente relevante deverá ser a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas, a exemplo da orientação que outros países da Europa procuram seguir”, conclui a AHRESP.
Entre as novas regras para a reabertura dos restaurantes inclui-se a desinfeção regular, seis vezes por dia, bem como a redução da lotação dos espaços. A AHRESP e a Associação para a Defesa, Promoção e Inovação dos Restaurantes de Portugal (Pro.Var) não contestam as medidas, considerando-as praticáveis para a maioria dos espaços.
A reabertura dos restaurantes, ao abrigo destas novas normas, está prevista para o dia 18 de maio.