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13 de Maio em Fátima. Cancelamento tira 1,3 milhões ao setor do transporte de passageiros

12 mai, 2020 - 12:27 • Henrique Cunha

A ANTROP Cabaço Martins deixa transportar neste mês mais de cem mil pessoas para o santuário da Cova da Iria.

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A Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) estima em mais de 1,3 milhões de euros a perda de receita com a ausência do habitual serviço para Fátima, por força do cancelamento de deslocações de peregrinos.

De acordo com o presidente da ANTROP Cabaço Martins, só este mês, os associados deixam de se transportar mais de cem mil pessoas para o santuário da Cova da Iria.

"Em alugueres, nós movimentamos cerca de mil autocarros durante o mês de maio. Cerca de 500 são usados no 12/13 de maio e os outros 500 no resto do mês, o que significa o transporte de 45 mil pessoas nesse mês, para Fátima”; revela o dirigente à Renascença.

"Seria uma receita aproximada de 600 mil euros”, que neste momento caiu e “está próxima do zero”.

Já em relação ao “serviço expresso”, o presidente da ANTROP revela que, durante o mês de maio de 2019, foram movimentados "cerca de 1.800 autocarros por mês, pois há um reforço muito grande para Fátima, nessa altura".

"Chegamos a transportar cerca de 56 mil passageiros, o que equivale a uma receita que ronda os 650 mil euros”, precisa Cabaço MArtins.

"Só nestes dois segmentos - aluguer e serviço expresso - temos 1,3 milhões de euros de perda de faturação no mês de maio."

O presidente da ANTROP não acredita na possibilidade deste tipo de serviço normalizar ainda este ano: "A expectativa é de que, com a evolução positiva da questão da saúde pública, se possa começar a recuperar clientes a partir de Outubro, mas, muito provavelmente, só estaremos a falar de uma relativa normalização só para o ano."

Setor está a perder 20 milhões/mês

No geral, a ANTROP reafirma os dados relativos às perdas globais do sector por causa da pandemia. Cabaço Martins alude a “perdas de receita no universo ANTROP de cerca de 60 milhões de euros” e assegura que “a maior parte das empresas, para não dizer todas, está a trabalhar com prejuízos, por força da paralisação total de uma parte muito significativa da sua atividade, que é a componente comercial, e também por causa da redução muito significativa da componente serviço publico que está neste momento a ser prestado de forma precária e com receitas insuficientes”.

"Calculamos que, no universo das empresas ANTROP, estejamos a trabalhar com um prejuízo de 20 milhões de euros mês”, remata.

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