14 mai, 2020 - 18:06 • Redação
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O ministro das Finanças, Mário Centeno, declarou esta quinta-feira, no Parlamento, que "não há nenhuma injeção de capital no Novo Banco sem auditorias".
"O Novo Banco é uma instituição que tem as portas abertas. O Novo Banco emprega milhares de trabalhadores. O Novo Banco é a guarda das poupanças de milhões de portugueses e é no Novo Banco que dezenas de milhares de empresas portuguesas têm os seus créditos", disse Mário Centeno, na Assembleia da República.
Em resposta à oposição, o ministro das Finanças diz que "não podemos falar do Novo Banco quando queremos falar do BES. Uma coisa é a resolução, outra coisa é a instituição Novo Banco".
"Não permitirei, como ministro das Finanças, que uma instituição bancária com as portas abertas possa ser prejudicada por um debate parlamentar, sem qualquer sentido."
Governo
Primeiro-ministro esteve reunido com o ministro da(...)
Mário Centeno sublinha que "as auditorias várias, inspeções e comissões de acompanhamento antecedem qualquer injeção de capital e empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução". Por isso, "não há nenhuma injeção de capital no Novo Banco sem auditorias", frisou.
"Podemos e devemos tomar decisões com o máximo de informação disponível, é isso que fazemos, mas não há ausência de controlo neste processo”, declarou o ministro das Finanças.
O Novo Banco recebeu, na semana passada, mais um empréstimo público no valor de 850 milhões de euros. A verba foi transferida para o Fundo de Resolução sob a forma de um empréstimo, que injetou 1.037 milhões de euro no Novo Banco. O dinheiro destina-se a compor as contas do Novo Banco de 2019.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, criticou na quarta-feira a nova injeção de capital no Novo Banco antes de ser conhecido o resultado de uma auditoria ao período entre 2000 e 2018.
Horas mais tarde, António Costa e Mário Centeno estiveram reunidos em São Bento, na residência oficial do primeiro-ministro. No final, ficou uma certeza: Centeno, por agora, continua no Governo. Foi o próprio primeiro-ministro a salientá-lo em comunicado, reafirmando publicamente a sua "confiança pessoal e política” no ministro de Estado e das Finanças.