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Covid-19

PIB cai 2,4% no 1.º trimestre. Economia enfrenta recessão histórica

15 mai, 2020 - 09:42 • Lusa com redação

Os efeitos do confinamento, devido à pandemia de Covid-19, refletem-se na economia, com impactos severos. Face ao final do ano passado, a contração foi de 3,9%, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística, na primeira estimativa rápida.

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O Produto Interno Bruto (PIB) português caiu 2,4% no primeiro trimestre do ano face ao mesmo período de 2019, devido aos efeitos económicos da pandemia de Covid-19, divulgou, esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

"O Produto Interno Bruto (PIB), em termos homólogos, diminuiu 2,4% em volume no 1.º trimestre de 2020, após o aumento de 2,2% no trimestre anterior. A contração da atividade económica reflete o impacto da pandemia Covid-19 que já se fez sentir significativamente no último mês do trimestre", pode ler-se numa estimativa rápida hoje divulgada pelo INE.

Já relativamente ao último trimestre de 2019, a recessão foi de 3,9%, depois de um aumento de 0,7% em cadeia face ao terceiro trimestre de 2019.

O contributo das exportações para a variação homóloga do PIB foi negativo no 1º trimestre (-1,4 pontos percentuais), após ter sido positivo no trimestre anterior, traduzindo a diminuição mais intensa das exportações de bens e serviços que a observada nas importações de bens e serviços. Nesta dimensão, se a comparação for feita em cadeia, e não em termos homólogos, a quebra das exportações é de 7,3%.

Também o consumo interno registou um contributo negativo (-1,0 pontos percentuais). Este é um dado muito relevante, uma vez que é a primeira vez desde o 3º trimestre de 2013, que tal sucede, e está associada à diminuição do consumo privado e do Investimento.

O INE enquadra os números com a ressalva de que "com a passagem a uma fase de pandemia, foram tomadas em Portugal diversas medidas de contenção à propagação do COVID-19, tendo sido anunciado o encerramento das escolas e universidades no dia 11 de março (com efeitos a partir do dia 16 de março) e decretado o estado de emergência no dia 18 de março, que ditou o encerramento temporário de várias atividades económicas e restrições à livre circulação de pessoas".

E reforça que "ainda antes desta medida existiam já perturbações no funcionamento normal de algumas atividades e na procura dirigida aos seus produtos, nomeadamente na restauração e hotelaria, afetando a atividade económica desde praticamente o início do mês".

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