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Redução de capacidade dos restaurantes é "ponto crítico" da retoma

15 mai, 2020 - 11:20 • Luís Aresta

A AHRESP apela ao uso das esplanadas, como forma de minimizar as perdas pela obrigatoriedade de reduzir a metade o número de clientes no interior. Os empresários esperam pelo decreto regulamentar do governo, para saber, em definitivo, com que restrições devem contar.

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A limitação da capacidade dos restaurantes a 50% continua a ser um “ponto muito crítico” para a reabertura dos estabelecimentos, prevista para dia 18 de maio, segunda-feira.

Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), voltou a fazer notar o constrangimento, durante o "webinar" levado a cabo nas redes sociais, esta sexta-feira, em que foi apresentado o "guia de boas práticas" orientador para a retoma da atividade no setor da restauração e bebidas.

Para combater as perdas provocadas pela redução a metade da capacidade no interior dos restaurantes, a AHRESP recomenda a promoção do uso das esplanadas, onde a expectativa é de que “não haja redução de capacidade, nem taxas a pagar às autarquias”.

Na sessão, foi dito que a proibição de entrada nos estabelecimentos depois das 23h00 não é impeditiva de que os clientes possam permanecer no interior e terminar tranquilamente as suas refeições. Os restantes serviços de "take-away" e "delivering"’ também podem funcionar para além das 23h00.

O que é e não é obrigatório. Ações de inspeção preocupam

Ana Jacinto esclareceu ainda que o distanciamento de dois metros entre mesas “não é obrigatório”, mas sim para respeitar “sempre que possível, da mesma forma que “é possível ter clientes de pé ou ao balcão, desde que o distanciamento social seja respeitado”.

A AHRESP faz notar que o uso de viseiras não é exigível aos colaboradores; apenas as máscaras, medida que não se aplica aos trabalhadores nas zonas de calor, como as cozinhas, onde o uso não é obrigatório.

Tanto a secretária-geral como o vice-presidente da AHRESP, Carlos Moura, defenderam a necessidade de articulação com a ASAE e DGS, “para que não sejam criados mais problemas aos empresários, que já têm imenso com que se preocupar”.

Carlos Moura sublinhou, ainda, que “não pode haver atuações contraditórias nas ações inspetivas das diferentes autoridades policiais e de fiscalização”. Os empresários esperam ainda pelo decreto regulamentar do Governo, para saber, em definitivo, com que restrições devem contar.

Reabertura das "praças da alimentação" é dúvida para dia 18 de maio

A AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) continua sem saber se as "praças da alimentação" dos centros comerciais podem ou não abrir na próxima segunda-feira.

A dúvida voltou a ser colocada ao governo, no decorrer do "webinar" realizado esta sexta-feira, a três dias da reabertura condicionada dos restaurantes, cafés e estabelecimentos de bebidas.

Mas há outras dúvidas por esclarecer, como é o caso dos estabelecimentos onde se realizam eventos e que, para a AHRESP, devem beneficiar das mesmas regras.

O maior organização do setor defende ainda que haja quanto antes uma definição da data possível para a reabertura dos estabelecimentos de diversão noturna (por exemplo, discotecas) tema que o governo “está sensível” segundo o vice-presidente Carlos Moura.

Já quanto aos parques de campismo, por se tratar de uma atividade de ar livre, a expetativa da AHRESP é que a reabertura seja permitida a partir de segunda-feira, dia 18 de maio.

[notícia atualizada às 12h20, com informação sobre as "praças da alimentação" e parques de campismo]

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