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Pandemia de Covid-19

76 milhões de euros. Farmácias batem recorde de medicamentos a crédito

19 mai, 2020 - 11:56 • Marta Grosso

“Em março, cada farmácia assumiu o risco de adiantar 1.027 euros de comparticipações a doentes sem receita médica”, diz presidente da Associação Nacional das Farmácias.

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A concessão de crédito por parte das farmácias atingiu o valor recorde de 76 milhões de euros, avança nesta terça-feira a equipa de consultoria da Glintt para a saúde, Adjustt.

Segundo os dados enviados à Renascença, cada farmácia adianta medicamentos sem custos a 163 portugueses. A rede de farmácias terá, portanto, concedido crédito a entre 450 mil e 500 mil portugueses por causa do estado de emergência decretado no âmbito da pandemia da Covid-19.

Para “evitar a interrupção do tratamento dos doentes crónicos”, cada farmácia assumiu, em março, o risco de adiantar 1.027 euros de comparticipações a doentes sem receita médica.

“Isso só foi possível graças ao bom entendimento das Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos, que chegaram a um consenso para a renovação da dispensa na farmácia, por dois meses, com respeito pela última prescrição médica e com a devida comparticipação”, explica o presidente da Associação Nacional de Farmácias.

Por isso, nesse mesmo mês, a rede reforçou em 7,8 milhões de euros as dispensas de medicamentos a crédito em relação ao mês anterior.

“Felizmente, o Estado já não acumula dívidas como há dez anos”, diz o presidente da Associação Nacional de Farmácias. Assim, é possível “concentrar o nosso esforço de liquidez nos portugueses com necessidades reais, que as farmácias conhecem bem”, diz o dirigente da ANF.

Paulo Cleto Duarte adianta que, agora, “26% das farmácias a enfrentam processos de insolvência e penhora.

Em média, cada farmácia acumula 26.323 euros de créditos concedidos à comunidade que serve.

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