25 mai, 2020 - 15:38
Veja também:
Os setores da restauração e do comércio a retalho foram os mais afetados pela redução “sem precedentes” nos pagamentos de abril, segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira.
A restauração perdeu quase 355 milhões e o comércio a retalho mais de 316 milhões, em comparação com o valor transacionado com cartão no mesmo mês do ano passado. Tudo junto, foram menos 671 milhões de euros.
No comércio, as compras com cartão subiram 209% na aquisição de eletrodomésticos, mais 44,7 milhões de euros, e 109% no subsetor das frutas e produtos hortícolas, um aumento de 6,6 milhões de euros.
Reportagem Renascença
É já na segunda-feira que a restauração portuguesa(...)
Segundo o regulador, nos eletrodomésticos, numa primeira fase o crescimento terá sido motivado pela "aquisição de equipamentos domésticos para apoio ao período de confinamento, como sejam frigoríficos e aspiradores". Já numa segunda fase, as escolhas recaíram sobre "computadores e impressoras, para permitir a realização de teletrabalho e o acesso ao ensino em casa”.
A maior subida nas compras com cartão regista-se nos supermercados e hipermercados (mais 144,9 milhões de euros), em sentido oposto, a maior redução verificou-se no subsetor do combustível para veículos a motor (menos 67,6 milhões de euros).
Já o vestuário para adultos, que em abril de 2019, era o segundo mais relevante no comércio a retalho, registou no último mês uma quebra de 99%, de 155,3 milhões de euros para apenas 1,6 milhões de euros.
Destaque ainda para o turismo. “Com a suspensão dos voos e o fecho das fronteiras, o turismo quase paralisou: os levantamentos efetuados por estrangeiros em Portugal caíram 67% em número e 62,3% em valor (menos 743 mil operações no valor de 80,9 milhões de euros) em comparação com abril do ano passado”, diz o Banco de Portugal.