27 mai, 2020 - 11:30 • Lusa
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A Comissão Europeia vai propor um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros para a Europa superar a crise provocada pela pandemia da covid-19, revelou o comissário europeu da Economia.
"A Comissão propõe um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros, além dos instrumentos comuns já lançados. Um avanço europeu para fazer face a uma crise sem precedentes", escreveu o comissário italiano Paolo Gentilonin a sua conta oficial na rede social Twitter.
De acordo com a agência noticiosa alemã Dpa, dois terços do montante do Fundo, ou seja, 500 mil milhões de euros, serão canalizados para os Estados-membros através de subsídios a fundo perdido, e os restantes 250 mil milhões na forma de empréstimos.
Batizado de "Next Generation EU" (Próxima Geração UE), a Comissão prevê que o fundo seja financiado através da emissão de dívida pelo próprio executivo comunitário, que contrairá empréstimos nos mercados com garantias dos Estados-membros.
De acordo com fontes europeias, Itália e Espanha, os dois países mais atingidos pela pandemia, serão os principais beneficiários deste novo instrumento de relançamento da economia europeia.
A proposta do Fundo de Recuperação, que os chefes de Estado e de Governo da UE encarregaram a Comissão Europeia de formular, associando-a a uma proposta revista do orçamento plurianual da UE para 2021-2027, será hoje formalmente apresentada pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, às 13h30 (12h30 de Lisboa).
Na apresentação perante o Parlamento Europeu, Von de Leyen deverá explicar a chave de repartição dos apoios a serem prestados ao abrigo do fundo, tendo a Comissão Europeia elaborado um mapa das necessidades identificadas por toda a UE, tendo em conta as regiões e setores mais atingidos pelo confinamento e paralisação económica provocados pela pandemia da Covid-19.
A Renascença entrevistou a eurodeputada Margarida Marques, vice-presidente da comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu, que falou de orçamento "robusto" para apoiar famílias, economias e Estados para o período de 2021 a 2027.
Eurodeputada Margarida Marques adianta à Renascenç(...)
A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 350 mil pessoas em todo o mundo, mais de três quartos na Europa e nos Estados Unidos, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais. Pelo menos 2.191.200 pacientes são considerados curados.
Foi registado um total de 350.196 mortos em todo o mundo (em 5.589.389 casos de infeção), incluindo 173.713 na Europa, o continente mais afetado desde o início da epidemia em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.