27 mai, 2020 - 23:15 • Lusa
O primeiro-ministro regozijou-se com o anúncio do Conselho de Administração da TAP de que vai ajustar o plano retoma de voos, considerando que "quem erra" e corrige não merece censura e que a transportadora aérea é estratégica.
António Costa falava em conferência de imprensa, em São Bento, depois de ter sido confrontado com a decisão do Conselho de Administração da TAP de "ajustar" o plano de retoma de rotas anunciado.
"Quanto à TAP, só me posso regozijar que quem erra emende o erro. Isso não merece censura, Isso, pelo contrário, merece regozijo e satisfação", declarou o primeiro-ministro.
Companhia aérea mostra-se disposta a colaborar com(...)
Num comunicado, o Conselho de Administração - o órgão que integra o Estado e que é detentor de 50% do capital da companhia aérea - indicou que "a companhia está empenhada e vai de imediato colaborar com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais de turismo".
O Conselho de Administração da transportadora aérea nacional referiu ainda que pretende assim "viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma por forma a procurar ter um serviço ainda melhor e mais próximo a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera".
Segundo o primeiro-ministro, "é essencial para o país que a TAP seja bem gerida, que tenha condições de sustentabilidade e que seja um instrumento de desenvolvimento e coesão nacional".
"A TAP é um instrumento fundamental para o país. Por isso, logo no início do meu primeiro Governo fiz questão de recomprar 50% do capital. Queremos que a TAP continue a ser um parceiro essencial do desenvolvimento do país - um desenvolvimento que tem de ser feito no seu todo, aproveitando e rentabilizando todas as infraestruturas que o país dispõe", acentuou.
António Costa referiu a este propósito que o aeroporto de Lisboa está saturado e que "o aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto é uma infraestrutura extraordinária, mas tem subutilização".
"Ora, não é uma boa gestão dos recursos concentrar toda a atividade num dos aeroportos, não aproveitando todo o potencial dos outros aeroportos do país", acrescentou.