09 jun, 2020 - 20:30 • Redação
A dívida pública vai aumentar de 117,3 para de 134,4 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) até ao final do ano, avança o ministro cessante das Finanças, Mário Centeno.
O número foi revelado na apresentação da proposta de Orçamento Suplementar, aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros.
"Prevemos um aumento de 16,7 pontos percentuais da dívida pública em percentagem do PIB, passando de 117,3% para um número de 134,4 pontos percentuais do PIB", disse Mário Centeno, em resposta aos jornalistas.
O ministro das Finanças, que vai deixar o governo na segunda-feira, explica que este aumento fica a dever-se, sobretudo, à quebra do Produto Interno Bruto provocada pela crise da Covid-19.
"Este aumento é em parte, mas apenas numa pequena parte, justificado pela deterioração do saldo primário, que tem um peso de 3,2 pontos percentuais nesta evolução de 16,7 e é maioritariamente justificado pela queda do PIB, que se estima em 6,9% de taxa negativa em 2020 terá um impacto no aumento do rácio da dívida no PIB de 7,5%", declarou Mário Centeno.
O ministro cessante acredita que, revertida esta dinâmica negativa do PIB, espera-se que o valor da dívida pública possa ser reduzido "nos próximos anos".
De acordo com a proposta de Orçamento Suplementar, o limite do endividamento do Estado passa de 10 mil milhões de euros para 20 mil milhões.