14 jun, 2020 - 18:01 • Redação
O Novo Banco esclarece que não irá recorrer ao Fundo de Resolução, este ano. Se isso acontecer, será apenas em 2021.
Em comunicado enviado às redações, a Direção do Novo Banco garante que "qualquer eventual nova chamada de capital referente a necessidades de 2020, de acordo com o atual modelo, será feita em 2021, após aprovação das contas auditadas, após parecer da Comissão de Acompanhamento e verificadas com agente independente".
Uma garantia que chega quase 24 horas depois do presidente do Conselho de Administração da instituição ter dito que, por causa da pandemia do novo coronavírus, o banco ia precisar de mais dinheiro que o previsto, em entrevista ao "Jornal de Negócios" e à "Antena 1". António Ramalho antecipou que os 912 milhões de euros ainda disponíveis, no âmbito da garantia pública, podiam ainda ser utilizados.
Através do Mecanismo de Garantia Mútua, criado pelo Fundo de Resolução para que o Novo banco cumpra os rácios de solidez, estão disponíveis 3,9 mil milhões de euros. António Ramalho sempre disse que não seria necessário usar a totalidade do valor disponível, mas naquela entrevista, avançou que a “deterioração da situação económica" levou a "necessidades de capital ligeiramente suplementares“.
O montante necessário será avaliado em junho e só no final do ano será possível determinar quanto é que o Novo Banco vai gastar, mas Ramalho foi claro: “será maior” do que o inicialmente considerado e será usado “aquilo que for necessário para deixar o banco limpo no final de 2020”.
Contudo, de acordo com o comunicado do Novo Banco, as declarações de António Ramalho foram "erradamente interpretadas". Como referido, se recorrer ao Fundo de Resolução, o banco só o fará em 2021.
O Novo Banco já pediu ao Fundo de Resolução perto de 2,9 mil milhões de euros, de um total de 3,89 mil milhões que estão disponíveis.
A culpa é da deterioração da situação económica de(...)