14 jun, 2020 - 00:30 • Redação
Por causa da Covid-19, o Novo Banco vai precisar de mais capital este ano. É o que avança o presidente António Ramalho, em entrevista a Jornal de Negócios e Antena 1.
A previsão, já entregue ao Fundo de Resolução, terá de ser revista em alta.
“Houve uma deterioração da situação económica e é previsível que nos vá levar a necessidades de capital ligeiramente suplementares em relação àquelas que existiam”, disse.
O gestor não quis avançar qualquer valor. “Tenho sido sempre cauteloso não antecipar qualquer número. Acontece basicamente que houve uma deterioração da situação económica e é previsível que, no nível de cenário que temos hoje, nos vá levar a necessidades de capital ligeiramente suplementares em relação às que existiam”, afirmou.
“O nosso objetivo fundamental é deixar o banco totalmente limpo no final de 2020. Gostaria de utilizar o menos capital necessário desde que tenha a certeza que o banco ficou nas melhores condições”, garantiu o presidente.
O Novo Banco já pediu ao Fundo de Resolução perto de 2,9 mil milhões de euros, de um total de 3,89 mil milhões que estão disponíveis.
Questionado sobre a contribuição adicional de solidariedade da banca para a Segurança Social, prevista no Orçamento suplementar, António Ramalho disse que esta taxa representa um “desgaste desnecessário” para o banco e o setor.