Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Governo diz que despedimentos "não têm de ser inevitáveis" na TAP

16 jun, 2020 - 14:06 • Lusa

"Há várias formas de fazermos uma reestruturação da empresa", defende o ministro Pedro Nuno Santos.

A+ / A-

Os despedimentos "não têm de ser inevitáveis" para reestruturar a TAP, afirmou esta terça-feira o ministro das Infraestruturas. Em declarações em Viana do Castelo, Pedro Nuno Santos diz que o processo terá de contar com a participação dos sindicatos.

"Os despedimentos não têm de ser inevitáveis. Há várias formas de fazermos uma reestruturação da empresa. O que ela tem é de ser feita com os sindicatos e há várias formas de fazermos isso. Os sindicatos têm várias sugestões e propostas. É um trabalho que vamos fazer", afirmou Pedro Nuno Santos.

O governante, que falava aos jornalistas à margem do lançamento da empreitada de dragagem do canal de acesso aos estaleiros subconcessionados à WestSea, num investimento de 17,4 milhões de euros, assegurou que os postos de trabalho são uma "preocupação central" do Governo.

Aeroporto fantasma. Estado de emergência deixa "mar" de aviões estacionados na Portela
Aeroporto fantasma. Estado de emergência deixa "mar" de aviões estacionados na Portela

"É uma preocupação central que o Ministério das Infraestruturas tem, que eu tenho, em particular. Tenho estado em contacto, praticamente, com todos os sindicatos da TAP e continuarei. Eles são centrais nas nossas preocupações, mas eles percebem, são os primeiros a perceber, que querem ter para os próximos anos uma empresa viável e sustentável. Ninguém tem interesse em manter uma empresa que não seja viável e sustentável", referiu.

O ministro adiantou que ser "necessário" fazer as "transformações" que que "tornem" a transportadora aérea portuguesa numa "empresa sustentável para os próximos anos".

"Uma crise é também uma oportunidade. Tínhamos uma empresa com alguns problemas. Podemos ter aqui uma oportunidade para fazer um 'reset', conseguirmos ter a empresa em condições para enfrentar o futuro, servir o país e preservar os empregos. Essa é uma preocupação que nós temos. Podem ter a certeza que qualquer processo de reestruturação terá no centro das preocupações os trabalhadores da TAP são aqueles que fazem a TAP o que ela é", referiu.

O Estado português recebeu na semana passada autorização da Comissão Europeia para avançar com um "auxílio de emergência" à TAP, um apoio estatal de 1,2 mil milhões de euros para responder às "necessidades imediatas de liquidez" com condições predeterminadas para o seu reembolso.

O ministro Pedro Nuno Santos disse que o Governo está pronto a injetar cerca de mil milhões na companhia aérea, se administração da empresa aceitar as condições do executivo.

“No imediato, quando as nossas condições forem aceites, fazemos uma injeção para garantir a liquidez, começa-se já a trabalhar já num plano de reestruturação, a capitalização será feita durante o processo de reestruturação”, disse o governante na quarta-feira passada.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+