30 jun, 2020 - 11:04 • Liliana Monteiro
O ministro fez as contas em poucos segundos. “A TAP tem 10 mil trabalhadores, compra mil e 300 milhões a empresas nacionais, muitas empresas dependem dela e deixávamos de ter o pagamento por parte da empresa de 300 milhões de euros em contribuições e impostos", razões suficientes para Pedro Nuno Santos dizer que “seria um desastre do ponto de vista económico e social deixar cair a TAP. Só os fanáticos religiosos da Iniciativa Liberal, acham que podemos deixar cair a TAP. São uns irresponsáveis”, criticou, lembrando que se outra companhia viesse o resultado seria muito mau para o país a todos os níveis.
Nesta altura garante o ministro que só faz sentido a restruturação. ‘Há alguma companhia aérea que tendo recorrido ao quadro temporário da Covid-19 não esteja a passar por restruturação? Que não esteja a reduzir pessoal e a entregar aviões?".
O Governo admite ter escolhido o "único caminho disponível". Aos deputados, o ministro das Infraestruturas disse que “perante a avaliação da Comissão Europeia, a TAP era uma empresa em dificuldade a 31 de dezembro de 2019 e para ter acesso ao quadro temporário da Covid-19 não podia ter prejuízos no fim de dezembro”, explicando que precisa por isso de ajuda alternativa.
“A TAP é demasiado importante para a deixarmos cair. Mil e duzentos milhões de euros é muito dinheiro e a gestão, é claro, tem de ser criteriosa. Só assim se pode deixar a TAP com maior viabilidade futura”, explicou Pedro Nuno Santos.