30 jun, 2020 - 11:36 • Liliana Monteiro
O ministro Pedro Nuno Santos revelou nesta terça-feira que o Estado não conseguiu alcançar os oito votos necessários do Conselho de Administração da TAP para que a proposta fosse aprovada.
"A proposta do Estado foi chumbada no Conselho de Administraçao, onde tem de ser aprovado com maioria qualificada", anunciou.
O ministro das Infraestruturas recusa ouvir falar em "braço de ferro" e prefere dizer que "decidimos adotar a atitude de defender o país".
"É de defesa intransigente do interesse nacional que se trata. Fizemos um conjunto de condições que defendem o país. Estamos disponíveis a salvar uma empresa importante, mas o povo português quer assegurar um conjunto de condições mínimas, equilibradas e razoáveis", defende perante os deputados.
Mais uma vez, Pedro Nuno Santos disse que "o Estado está à vontade: negociou com a Comissão Europeia o apoio; propôs à empresa um conjunto de condições prévias para a intervenção, condições justas e equilibradas. Nenhum português perdoaria uma intervenção de 1.200 milhões sem garantias mínimas".
Pedro Nuno Santo coloca agora esperança no próximo passo. "Vamos submeter a proposta ao sócio privado e esperamos que aceite". disse.
Questionado sobre despedimentos na empresa, o ministro das Infraestruturas explicou que, “quando estamos na iminência de uma intervenção, é difícil explicar que não estamos a renovar contratos a termo. Mas também não seria fácil explicar que nós estamos a renovar artificialmente contratos a termo, porque não há trabalho”.